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Bolsonaro faz defesa “feroz” da soberania brasileira na Amazônia
O presidente brasileiro Jair Bolsonaro, fez uma defesa “feroz” da soberania do Brasil em seu primeiro discurso na ONU, nesta terça-feira (24).
Bolsonaro, negou que os incêndios estejam devastando a Amazônia e disse que a maior floresta tropical do mundo não é “um patrimônio mundial”, e sim do país.
“A Amazônia não está sendo devastada nem consumida pelo fogo como diz a imprensa mentirosamente”, assegurou Bolsonaro ao inaugurar a Assembleia Geral das Nações Unidas.
Como reza a tradição, a Assembleia Geral é sempre inaugurada por presidentes brasileiros. O discurso de Bolsonaro durou mais de 30 minutos, o dobro do que costuma ser esperado.
O presidente brasileiro, que assegura haver “uma psicose ambiental” e defende a exploração comercial em áreas de preservação tanto ambiental quanto indígena, denunciou que há governos estrangeiros que se aproveitam de líderes indígenas, como o cacique Raoni, da tribo kayapó, usando-os como “peça de manobra (…) na sua guerra informacional para avançar seus interesses na Amazônia”.
Sem mencionar diretamente a França, ou seu presidente, Emmanuel Macron, Bolsonaro também acusou os governos estrangeiros de se portarem “de forma desrespeitosa, com espírito colonialista”.
Macron sugeriu durante a recente cúpula do G7 em Biarritz, na França, que fosse concedido à Amazônia um “status internacional”, uma ideia que levou Bolsonaro a acusar o colega francês de querer restringir a soberania do Brasil.
A ideia de aplicar sanções ao Brasil por não proteger a Amazônia também foi levantada durante a reunião do G7, recordou Bolsonaro.
“Foi uma proposta absurda”, afirmou.
“Questionaram aquilo que nos é mais sagrado: a nossa soberania!”, proclamou, agradecendo ao presidente americano Donald Trump por ter rejeitado a ideia.