Connect with us

Economia

Bolsas europeias em baixa após decisão da Fitch sobre EUA

Published

on

As principais bolsas europeias abriram hoje em baixa, numa sessão sem referências macroeconómicas, em que os investidores assimilam a descida da notação da dívida dos EUA decidida ontem terça-feira pela Fitch com os mercados norte-americanos fechados.

Às 08h55 em Lisboa, o EuroStoxx 600 estava a recuar 1,03% para 462,34 pontos, escreve o Notícias ao Minuto.

As bolsas de Londres, Paris e Frankfurt desciam 0,81%, 0,97% e 1,15%, bem como as de Madrid e Milão que se desvalorizavam 0,87% e 0,91%.

Depois de abrir em baixa, a bolsa de Lisboa mantinha a tendência e às 08:55 o principal índice, o PSI, recuava 0,72% para 6.036,23 pontos.

A Fitch, que colocou a notação dos EUA em revisão negativa em Maio deste ano, baixou a notação da dívida norte-americana, tendo em conta o agravamento das condições orçamentais previstas para os próximos anos e as complicações recorrentes que surgem todos os anos aquando da revisão do limite da dívida, conforme a explicação da Renta4 num relatório de mercado.

A agência de notação financeira Fitch retirou aos EUA a sua classificação máxima, o triplo A, o que justificou com o esperado aumento da dívida e a “deterioração acentuada nos padrões da [sua] governação” nas últimas duas décadas.

O ‘rating’ dos EUA passa a ser um nível abaixo do máximo, com a nota AA+.

Em causa está a repetição ao longo dos anos da crise ligada ao estabelecimento do limite da dívida.

A secretária do Tesouro, Janet Yellen, já reagiu através de um comunicado, onde declarou que “desaprova fortemente a decisão da Fitch” e deplorou que este tenha sido “fundada em informação datada”.

As bolsas asiáticas recuaram após a decisão da agência de notação (2,3% em Tóquio e 2,42% em Hong Kong, que ainda não fechou) e as quedas estenderam-se à Europa.

Em termos de dados macroeconómicos, hoje foi conhecida uma moderação do desemprego em Espanha e a um novo recorde de inscrições na Segurança Social, com quase 20,9 milhões de contribuintes, e esta tarde será divulgado o indicador de variação do emprego ADP para Julho nos EUA.

No entanto, o dado mais importante para os mercados acionistas e que os investidores aguardam devido à sua influência nas decisões futuras da Reserva Federal dos EUA (Fed) sobre as taxas de juro é o relatório de desemprego de Julho último do gabinete de estatísticas dos EUA, que será divulgado na sexta-feira.

Além da inflação, a Fed analisa as tendências do emprego para avaliar o impacto na economia das subidas das taxas de juro que implementou desde Março de 2022 para combater a subida dos preços.

Ontem terça-feira, a Wall Street fechou mista, com o Dow Jones a subir 0,20% para 35.630,68 pontos, contra o máximo desde que foi criado em 1896, de 36.799,65 pontos, registado em 04 de janeiro de 2022.

O Nasdaq terminou a recuar 0,43% para 14.283,91 pontos, contra o atual máximo, de 16.057,44 pontos, verificado em 16 de Novembro de 2021.

A nível cambial, o euro abriu a subir no mercado de câmbios de Frankfurt, a cotar-se a 1,0988 dólares, contra 1,0972 dólares na terça-feira.

O barril de petróleo Brent para entrega em Outubro abriu em alta no Intercontinental Exchange Futures (ICE) de Londres, a cotar-se a 85,65 dólares, contra 84,91 dólares na terça-feira.