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Bissau: Comunicação social estatal suspende greve para aguardar promessas do Presidente da República de efectivar estagiários há dez anos
No dia indicado como último para o Primeiro-Ministro apresentar a posição do governo sobre os pontos do Caderno Reivindicativo apresentado pelo Sindicado dos profissionais da comunicação social, os jornalistas da Rádio, da Televisão, Agência de Notícias e jornal públicos guineenses, decretaram a suspensão da greve que já durava há uma semana.
A decisão de suspender a greve está relacionada com a necessidade de se aguardar pelo cumprimento das promessas feitas pelo Presidente da República da Guiné Bissau, Umaro Sissoco Embaló, para cumprir “algumas das exigências” do caderno reivindicativo.
A efectivação de 100 jornalistas que há dez anos trabalham como estagiários na Rádio Nacional, Televisão da Guiné-Bissau, Agência Noticiosa da Guiné e Jornal “Nô Pintcha”, através de um documento assinado pelo Primeiro Ministro, Nuno Nabiam, a confirmar para a condição de funcionários públicos aquela centena de jornalistas e técnicos é uma das exigências do sindicato.
Caso o governo guineense não cumpra com a promessa, noticiam a imprensa lusófona representada naquele país, a greve iniciada há seis dias poderá ser retomada.
O pagamento de subsídios àqueles profissionais é também outro dos pontos da reivindicação, mas o Presidente guineense apelou ao sindicato no sentido de “deixar de lado para já”, com a promessa de que a partir de setembro poderia ser concretizado o desejo dos profissionais, disse uma fonte.
Na reunião ocorrida na semana passada o Presidente Umaro Sissoco Embaló disse ao sindicato que o Governo está em negociações com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para a assinatura de um programa de crédito alargado, facto que poderia dificultar qualquer alteração no Orçamento Geral do Estado.
Entretanto, o sindicato mostrou ter “grande esperança” em como “as reivindicações serão atendidas”.
Não é a primeira vez que os profissionais dos quatro órgãos de comunicação social públicos da república da Guiné-Bissau realizam greve, desde 2010, altura em que foi assinado o primeiro acordo entre o sindicato e o governo.