Connect with us

Destaques

Bispo de Cabinda quer quadros humildes “com semblante sereno” no novo Hospital Geral da província

Published

on

Vinte e quatro horas depois da inauguração do Hospital Geral de Cabinda pelo Presidente da República, o Bispo da diocese de Cabinda, dom Belmiro Chissenquete, defendeu, nesta sexta-feira, 22, a selecção criteriosa dos funcionários a trabalhar naquela infraestrutura hospitalar, para atender e tratar “com bons princípios e humildade” os pacientes que ali acorrerem, em busca de melhoria da sua saúde.

Para o prelado católico, que falava durante a homilia da missa desta sexta-feira, em Cabinda, a humildade e o espírito de profissionalismo devem ser o critério para os funcionários, visto que hospital não “é a sua casa”, mas um sítio para buscar solução a problemas de saúde.

“Não se metem naquele grande hospital aqueles que já são conhecidos ou conhecidas como pessoas intratáveis, rabugentas, de mau carácter, mau criadas, que não sabe relacionar-se bem com as pessoas. Estas em princípio fariam muito bem se ficassem apenas nas suas casas”, disse.




Entretanto, advoga que sejam colocadas na nova infraestrutura, pessoas “que tenham semblante sereno, que encaram os acontecimentos com serenidade, que não se atrapalham, que não andam aos gritos, pensando que o hospital é a sua casa. Aquele é o espaço de todos nós, onde esperamos cuidar da nossa saúde, quando esta estiver abalada”, referiu.

Por outro lado, defendeu a necessidade de se aprovar uma comparticipação financeira dos utentes que acorrem ao hospital, com vista a contornar as dificuldades que os hospitais públicos enfrentam para manter funcional a infraestrura e os respectivos serviços.

“Que haja uma certa comparticipação. Essas grandes unidades hospitalares que estão a ser erguidas, precisam de um orçamento muito grande, para poderem ser mantidas e nós sabemos quanto é exíguo o Orçamento Geral do Estado. Portanto, se cada um que fosse lá fazer uma consulta, quer seja normal ou de especialidade, comparticipasse com alguma coisa, o hospital teria autonomia em muitos aspectos, nomeadamente, o saneamento básico, na limpeza, na energia, no combustível, nos materiais gastáveis, que são fundamentais para se manter o nível uma estrutura imponente como aquela”, disse.