Politica
Bienal de Luanda vai capitalizar diplomacia angolana, diz especialista
O especialista em relações internacionais, Crisóstomo Chipilica, disse à Rádio Correio da Kianda, que as tensões geopolíticas ao nível do mundo não têm impedido o executivo angolano de realizar actividades de grande magnitude internacional.
Entretanto, Crisóstomo pensa também que “não basta realizar encontro de grande relevância, mas é necessário capitalizar esse encontro, na perspectiva de vermos experiência de outras entidades, não só estatais”.
“A Bienal de Luanda seria uma janela de oportunidade para mostrar que Angola está comprometida com o progresso e desenvolvimento, o momento seria para apresentarmos o nosso novo aeroporto internacional, que é ímpar com outras infra-estruturas aeroportuárias ao nível da região, para dizer que o nosso país neste quesito está bem servido”, defendeu.
O especialista realça a importância do aeroporto Dr. António Agostinho Neto, recém inaugurado, “pelo facto de Angola ser a placa giratória na resolução de conflitos da região”.
Por sua vez, o economista José Macuva considera que o Fórum Africano para a Cultura de Paz pode ter impacto e proporcionar desenvolvimento económico para o país, mas, “é necessário respeito a propriedade privada, para que as pessoas se sintam seguras e protegidas, a garantia de circulação de pessoas e bens que garanta um bom ambiente de negócios, e segurança jurídica”, disse o académico.
Macuva disse, por outro lado, que as pessoas carecem de estabilidade para permitir as previsões, com vista a promover negócios, e, “são esses pressupostos que permitem também a diversificação da economia para além do desenvolvimento. Isso ocorre quando há um clima de paz, segurança, que são os temas que vão dominar a terceira edição da Bienal de Luanda, que é um fórum de importância económica”, assegurou.
Recordar que arranca esta quarta-feira, 22, a Bienal de Luanda, que tem como objectivo promover a prevenção da violência e dos conflitos, através do intercâmbio cultural entre os países africanos e o diálogo intergeracional. A terceira edição tem como lema: “Educação, Cultura de Paz e Cidadania Africana como Ferramentas para o Desenvolvimento Sustentável do Continente”.
A abertura do Fórum Pan-africano para a Cultura de Paz e Não Violência será feita pelo Presidente da República, João Lourenço, e pelo presidente em exercício da União Africana, Azali Assoumanin. O momento será, igualmente, testemunhado pelo antigo presidente de Moçambique e actual conselheiro da União Africana, Joaquim Chissano.