Sociedade
Bié: 45 pessoas morreram após consumirem líquido para supostamente “comprovar feitiçaria”
Cerca de quarenta e cinco pessoas perderam a vida, de Dezembro de 2023 a Fevereiro deste ano, na província do Bié, após serem obrigados a consumir um líquido feito a base de ervas, que servia para provar se a pessoa tinha cometido ou não determinado crime, “geralmente por feitiçaria”.
A erva denominada “Mbulungo” é um veneno produzido por um suposto advinho (quimbandeiro). O líquido é tóxico e é dado a uma pessoa que está a ser acusada da morte de alguém na aldeia. O suspeito é obrigado a beber o veneno e se o efeito provocar a sua morte, “então fica provada a acusação”.
De acordo com a administradora comunal da Muinha, Luzia Filemone, mostrou-se preocupada pelo facto de a prática ainda predominar na referida localidade.
Luzia Filemone disse que tudo acontece quando existe desavenças entre as famílias, sobretudo, quando morre uma pessoa na aldeia sob suspeita de feitiçaria.
Entretanto, no sentido de se confirmar a culpabilidade do crime, “as pessoas vão até ao suposto quimbandeiro e muitos nem sempre voltam com vida, pois o veneno mata em poucas horas”, lamentou.
A administradora conta que o último caso registou-se em Fevereiro deste ano na Ombala de Tchonga, onde 12 pessoas beberem o veneno e três não resistiram, sucumbindo no mesmo dia.
Tomatala
11/03/2024 at 2:33 pm
Não se deveria menosprezar um problema milenário por convicções ideológicas obtusas e caducas.
Nós devemos agarrar o touro pelos cornos, assumirmos e estabelecermos procedimentos vigentes a sarrar e equilibrar a sociedade
Esta luta não é material ou carnal. Ela é espiritual e as soluções espirituais existem por aí. As soluções que preconisamos podem ser outras fontes de problemas mais nocivos ainda. So um feiticeiro pode identificar outro, ou um Profeta de Jesus Cristo. Mas. Curar mesmo é so com Jesus Cristo…