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Biden alerta para ataques à “liberdade e democracia” nos EUA e no mundo
O presidente norte-americano abriu o discurso anual do Estado da União com um alerta sobre como a “liberdade e a democracia estão a ser atacadas” no país e no mundo.
“Enfrentamos um momento sem precedentes na história da União. E sim, o meu objetivo esta noite é acordar este Congresso e alertar o povo americano de que este não é um momento comum. Desde o presidente Lincoln e a Guerra Civil que a liberdade e a democracia não eram atacadas aqui em casa como são hoje”, disse Joe Biden, no terceiro discurso do Estado da União, na quinta-feira à noite.
Biden comparou os dias de hoje com o período anterior à Segunda Guerra Mundial, quando Adolf Hitler marchava na Europa, e considerou que agora é o presidente da Rússia, Vladimir Putin, quem pretende conquistar mais terreno na Europa.
“O que torna o nosso momento raro é que a liberdade e a democracia estão sob ataque, tanto a nível interno como no estrangeiro, ao mesmo tempo. No exterior, Putin está em marcha, invadindo a Ucrânia e semeando o caos por toda a Europa e além dela. Se alguém nesta sala pensa que Putin irá parar na Ucrânia, garanto-vos que não o fará”, alertou, sendo aplaudido de pé pelos democratas presentes no salão.
Biden prometeu que os soldados dos Estados Unidos não irão para a Ucrânia e reforçou os apelos para mais ajuda a Kyiv.
Ao sublinhar várias vezes ao longo do discurso que a “história está a observar” as decisões que hoje são tomadas, o chefe de Estado advogou que se os EUA recuarem agora no apoio a Kyiv, não só “colocarão a Ucrânia em risco”, como também a “Europa e o mundo livre”.
Joe Biden direcionou então o discursa para os assaltos à democracia em solo norte-americano, focando-se no ataque ao Capitólio de 06 de janeiro de 2021, quando apoiantes do ex-presidente Donald Trump tentaram impedir a certificação da sua vitória eleitoral.
Sem nunca mencionar o nome de Trump directamente, a quem se referiu sempre como “antecessor”, Biden defendeu que “não se pode amar o país apenas quando se ganha”.
Com agências internacionais