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Biblioteca 10padrozinada encerrada por tempo indeterminado

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A biblioteca 10padronizada está, desde essa segunda-feira 17, encerrada por tempo indeterminado, por conta das obras de construção do muro de vedação em curso ao longo do traçado do Caminhos-de-Ferro de Luanda.

Os responsáveis do projecto, em nota de repúdio tornada pública nesta terça-feira, falam em desrespeito e arbitrariedade “com que os Caminhos-de-Ferro de Luanda e a empresa AFAVIAS têm conduzido as obras de construção do muro na área onde desenvolvemos as” suas actividades.

“Sem qualquer notificação formal ou consulta prévia, fomos abruptamente forçados a interromper o nosso funcionamento, impactando directamente mais de 70 pessoas que beneficiam diariamente das nossas ações educativas e culturais. Esta ausência de comunicação por parte dos responsáveis evidencia uma postura negligente e insensível, desconsiderando o impacto social e comunitário que o nosso trabalho representa”, lê-se na nota.

De acordo ainda com o documento a que o Correio da Kianda teve acesso, o tratamento dispensado à Biblioteca 10padronizada nesta situação revela falta de reconhecimento da importância das instituições culturais e educativas para o desenvolvimento da sociedade.

No entender dos mentores do projecto, em vez de estabelecerem um diálogo responsável e participativo, os responsáveis pela obra optaram por uma abordagem unilateral, ignorando completamente a necessidade de preservação e reorganização do espaço para minimizar os danos causados.

A destruição do maracujazeiro, a remoção abrupta de parte da estrutura e a recente imposição de novas delimitações, que reduzem a biblioteca a um beco sob a pedonal, demonstram, para a Biblioteca 10padronizada, total insensibilidade e despreocupação em relação ao impacto negativo destas intervenções.

Além disso, a morosidade na execução da obra agrava ainda mais a situação, prejudicando o planeamento das nossas actividades e eventos previstos para os próximos meses.

Diante desta “grave violação do direito ao acesso à cultura e à educação”, os proprietários daa biblioteca exigem que os Caminhos-de-Ferro de Luanda e a empresa AFAVIAS, a responsabilidade pelos prejuízos causados e apresentem medidas concretas para mitigar os danos impostos ao espaço, bem como adopção uma postura mais transparente e dialogante na condução das obras, garantindo que situações como esta não se repitam no futuro e que se comprometam com a reposição do que foi destruído e com a criação de soluções para minimizar os impactos na continuidade das nossas actividades.

“O desenvolvimento urbano não pode ser conduzido de forma desordenada e insensível, desconsiderando os espaços culturais e educativos que desempenham um papel fundamental na sociedade”, afirmam, sublinhando o compromisso da Biblioteca 10padronizada com a educação, a cultura e a comunidade, e não se calará perante esta tentativa de marginalização do nosso trabalho.

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