Politica
Bento Kangamba critica Operação Transparência
A “Operação Transparência” do Governo angolano, que entre outros objectivos visa combater o garimpo de diamantes, imigração ilegal e insegurança aos produtos do mar, é alvo de críticas de alguns empresários por, supostamente,estar a favorecer uns e excluir outros.
Um dos que se dizem afectados é empresário Bento dos Santos Kangamba, dono da “BK Diamo”, que actua no ramo diamantífero na região das Lundas desde 2000.
Com a referida operação, diz estar a ser obrigado a trabalhar dentro de uma
“Eu não sou empresário de me juntar em cooperativa, eu tenho o meu material e invisto”, reage o também general e antigo dirigente do MPLA.
Kangamba, que apela ao maior diálogo com os empresários da área, diz não saber o que realmente a operação vai levar para o país.
“Eu não sei se querem organizar ou desorganizar, eu ainda não entendi o que o Governo quer”, desabafa.
Quem também se queixa de estar a ser excluído do processo de exploração de diamante a favor de outros grupos é a Cooperativa Mineira de Delende.
Sem gravar entrevista, uma fonte disse à VOA ter escrito ao Presidente da Republica a denunciar o que chama de “máfia no processo de atribuição de licença para exploração de diamante”, mas não obteve resposta.
Operação Transparência chega ao Mar
Nos últimos tempos, as acções da Operação Transparência estenderam-se ao sector marítimo, de onde também surgem queixas de empresários ligados
O responsável da Associação de Pescas de Angola, Manuel Bernardo de Azevedo, afirma que “alguém quer tirar dividendos com esta operação”.
A VOA contactou o comissário António Bernardo, porta-voz da Operação Transparência, que escusou-se a comentar as críticas e remeteu-nos para um conferência de imprensa que deve ser realizada ainda hoje.
Coque Mukuta / VOA