Politica
BD espera que João Lourenço diga “o que o cidadão quer ouvir” no Estado da Nação
O Bloco Democrático espera que o Presidente da República diga, no discurso sobre o “Estado da Nação”, “aquilo que representa o sentido e o sentimento dos cidadãos e do país”.
Por imperativo constitucional, o Chefe de Estado angolano dirige uma mensagem aos angolanos sobre a actual situação de Angola na abertura de cada época parlamentar.
Este ano, o 15 de Outubro calha na próxima terça-feira, precisamente no mesmo dia em que o presidente Joe Biden termina a sua visita ao país.
Ainda não se sabe sobre se será adiada a cerimónia em função da estadia do presidente americano. De qualquer forma, afirma Mwata Sebastião, secretário-geral do Bloco Democrático, o presidente João Lourenço deveria falar o que o cidadão quer ouvir.
O Bloco Democrático espera ainda que o discurso do presidente João Lourenço traga uma Angola “real e não a ideal”. Para Mwata Sebastião, a vida está cada vez mais difícil com a subida constante dos principais bens e sérvios da cesta básica.
“Temos hoje uma Angola real e uma ideal e nós gostávamos que no discurso não fosse apresentada uma Angola ideal. Angola ideal se resume aos discursos e tem sido difícil compreendermos nos discursos dos governantes certo realismo como se houvesse algum medo ou vergonha. Não há tempo para esse tipo de sentimento, a realidade que Angola vive hoje é perceptível. Então esperamos que o presidente apresente no discurso a radiografia real do que Angola tem apresentado no desenvolvimento político, social e económico do país”, disse.
O partido integrado na Frente Patriótica Unida (FPU) espera igualmente que o Pacote Legislativo Autárquico seja concluído nesse ano legislativo.
O ponto fracturante entre o MPLA, o partido no poder, e a UNITA, a maior formação política da oposição, continua a ser a Lei da Institucionalização das Autarquias Locais.
O Secretário-geral do BD entende que as eleições autárquicas podem ser realizadas antes das gerais previstas para 2027.
“Já não precisamos alargar o período para concretização do poder local até 2027, na medida que esse atraso tem estado a regredir significativamente a qualidade política que o país deveria estar a vivenciar passados 49 anos”, defendeu.