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Banco BAI e a Sustentabilidade: muito além do lucro, um compromisso com Angola

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Por: Jaqueline Ngulo – Especialista em Tecnologias de informação e Ativista Digital

Num tempo em que a banca se vê desafiada a alinhar desempenho financeiro com impacto social, o Banco Angolano de Investimentos (BAI) apresenta um exemplo sólido de como a sustentabilidade pode ser integrada de forma transversal à estratégia corporativa. O Relatório de Sustentabilidade 2024 do BAI não é apenas um repositório de dados, é um reflexo de um compromisso sério com o futuro económico, social e ambiental de Angola.

Um dos pontos mais notáveis do relatório é a clara prioridade que o BAI dá ao desenvolvimento do seu capital humano. Em 2024, o banco investiu 1 078 milhões de Kwanzas em formação, impactando 1 878 colaboradores, o que representa 98% da força de trabalho. Foram realizadas 96 828 horas de formação, em 232 acções, com 72% das sessões online e 28% presenciais.

Este modelo híbrido não só garante flexibilidade como demonstra uma visão moderna e inclusiva da capacitação profissional. Temas como segurança da informação, produtos bancários e competências técnicas e comportamentais refletem um esforço estratégico para preparar os colaboradores para os desafios do mercado financeiro global.

Olhando para o futuro, o BAI estabelece metas alinhadas com os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e com uma visão de longo prazo até 2027. A aposta recai sobre três eixos estratégicos: responsabilidade económica, impacto social e compromisso ambiental.

É neste contexto que se destacam iniciativas como o novo modelo de gestão de carreiras, baseado na meritocracia e igualdade de oportunidades, bem como o programa de desenvolvimento para gestores, baseado na metodologia META – Mobilizar, Executar, Transformar com Agilidade. Estas práticas reforçam a cultura organizacional e garantem que o talento interno evolua junto com a ambição do banco.

A acção social do BAI, através da sua fundação, é outro pilar robusto da sua política de sustentabilidade. Segundo dados deste relatório de sustentabilidade, só em 2024, mais de 219 mil pessoas foram beneficiadas por projectos da Fundação BAI. A actuação em educação, saúde, cultura e desporto revela um compromisso autêntico com a transformação das comunidades.

O Programa de Promoção da Leitura, por exemplo, distribuiu mais de 2.042 livros e criou bibliotecas móveis e físicas que chegaram a mais de 37 mil estudantes. No campo da saúde, as Campanhas Avançadas atenderam 4.493 pessoas em especialidades essenciais, promovendo o acesso gratuito a cuidados médicos de base.

É este tipo de acção que esperamos ver cada vez mais no sector financeiro: não apenas relatórios bonitos, mas resultados concretos, impacto mensurável e metas com propósito.

Ao investir na capacitação dos seus profissionais, no bem-estar das comunidades e na educação como base para o desenvolvimento sustentável, o BAI não está apenas a cumprir com exigências regulatórias ou expectativas de stakeholders. Está a afirmar-se como um banco com alma, consciente do seu papel na construção de um futuro melhor para Angola.

Que este exemplo inspire outros actores económicos a verem na sustentabilidade não um custo, mas uma oportunidade de liderar com responsabilidade.

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