Sociedade
Bacia de retenção causa morte de dez pessoas na centralidade do KK
A nossa equipa de reportagem foi radiografar a situação da bacia de retenção na centralidade KK 5000, em Luanda, transformada em lagoa, onde alguns cidadãos procuram exercer actividade de pesca artesanal, mas que infelizmente já causou a morte de mais de dez pessoas.
A revelação foi feita pelos lavadores de carros, que atestam, por outro lado, que na época chuvosa, as águas transbordam até as ruas da centralidade, expelindo o cheiro impróprio para saúde dos habitantes e transeuntes.
De seguida, fomos até a centralidade do Kilamba, onde os moradores confirmam a existência de fissuras e infiltrações de águas, que estão a inundar as ruas daquela zona, contudo dizem não acreditar na informação de que os edifícios podem desabar nos próximos três anos.
Confirmaram que duas pessoas já morreram na lagoa que está junto a primeira paragem, no quarteirão S, segundo disseram os nossos interlocutores, que apontam também o cheiro nauseabundo e o risco que constitui a situação por ser um perímetro que dá acesso a escola.
Já no quarteirão F, um restaurante fechou as portas por causa das águas nauseabundas. Os moradores da centralidade do Kilamba dizem que a situação constitui um atentado a saúde pública. Atestam que embora as autoridades tenham conhecimento, nada fazem, e falam das mortes que já ocorreram e de um veículo que alegadamente foi engolido quando a estrada abriu, em consequência das águas de esgoto.
Por sua vez, o Governo Provincial de Luanda, através da Unidade Técnica de Gestão e Saneamento, diz que não há razões para alarmismo, sobre um possível desabamento das centralidades do Kilamba e KK 5000.
Em nota a que a Rádio Correio da Kianda teve acesso, a Unidade Técnica de Gestão e Saneamento da Província de Luanda esclarece que as informações que circulam em alguns órgãos de comunicação social e em várias plataformas digitais, sobre um possível desabamento das duas centralidades não são verídicas.
Aquela instituição tranquiliza as famílias residentes nas referidas centralidades, dizendo que “não há razões para alarmismo”, pois, o plano preventivo apresentado, faz parte de um conjunto de acções para manutenção correctiva dos sistemas de micro e macro drenagem, de modo a garantir a plenitude do funcionamento das infra-estrutura hídricas e evitar a degradação prematura dos equipamentos electrónicos nos próximos três anos.