Economia
Avaliação ao Fundo Soberano conclui existência de alto risco
A existência de um risco elevado, resultante da exposição causada pelo volume de activos que se encontram sob gestão de apenas uma entidade externa, é uma das conclusões a que o Executivo chegou, depois de avaliação rigorosa sobre a gestão, alocação dos activos e estrutura de governação corporativa do Fundo Soberano de Angola.
De acordo com um comunicado do Ministério das Finanças, divulgado ontem, da avaliação que, com o apoio de uma firma de consultoria internacional, submeteu o Fundo Soberano de Angola, foi, igualmente, diagnosticada “falta de transparência nos processos de contratação dos gestores de activos e prestadores de serviços da Instituição”.
“Insuficiente reporte, bem como um fraco controlo e supervisão às actividades do Fundo Soberano de Angola, pelas entidades governamentais, bem como a ausência de políticas, estratégias e planos de investimentos consistentes e transparentes” é outro ponto do diagnóstico.
Finalmente, o diagnóstico apontou para a “necessidade de revisão do modelo de governação corporativa”.
Nesta conformidade, de acordo ainda com o comu- nicado, o Executivo está a implementar acções de reestruturação do Fundo Soberano de Angola, com vista à criação de uma adequada estratégia e plano de investimentos, por forma a assegurar maior transparência e controlo da instituição, em alinhamento com as melhores práticas internacionais, melhorando a supervisão dos Órgãos do Estado, nomeadamente, do Presidente da República, do Ministério das Finanças, do Banco Nacional de Angola e demais órgãos.
Avança a nota que “um dos passos nesta direcção foi a nomeação de um novo Con- selho de Administração, que integra quadros nacionais de reputada competência téc- nica, sólido percurso profissional e idoneidade necessária para o provimento de cargos em instituições financeiras”.
o Executivo, lê-se no documento, irá prosseguir o seu engajamento no sentido da aprovação célere dos instrumentos legais, necessários à conclusão do processo de reestruturação, garantir que o Fundo Soberano de Angola desempenhe, com mais eficácia, o seu papel na estabilização macroeconómica e sustentabilidade financeira do país, garantido, deste modo, prosperidade às futuras gerações”.
O Ministério das Finanças, em alinhamento com esta orientação, “institucionalizará um Comité de Supervisão do Fundo Soberano de Angola, tendo em atenção a garantia de uma gestão mais eficiente e transparente dos recursos estratégicos do Estado”.
Fonte: JA