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Autoridades trabalham para impedir abate de embondeiros no Sequele

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O Ministério da Cultura, Turismo e Ambiente está a trabalhar para impedir o abate indiscriminado de embondeiros na zona do Sequele, município de Cacuaco, província de Luanda, onde existe o registo do derrube indiscriminado de 1.800 árvores desta espécie.

Segundo a directora do Instituto da Biodiversidade e Conservação Ambiental (INBAC), Albertina Nzunzi, as autoridades tomaram conhecimento deste facto através de uma denúncia nas redes sociais, tendo deslocado uma equipa ao terreno para apurar a sua veracidade.

Em conferência de imprensa, Albertina Nzunzi afirmou que os resultados do trabalho revelaram que a área afectada é extensa e que os embondeiros estão a ser derrubados para ocupação ilegal de terrenos e construção de moradias naquela área.

De acordo com a responsável, as pessoas estão conscientes do crime ambiental que estão a cometer, mas afirmaram que é mais importante ter moradias do que ter um embondeiro de pé.

“Estamos perante um crime ambiental muito grave e que requer a intervenção dos órgãos de defesa e segurança do Estado”, disse, frisando que devem ser tomadas medidas urgentes para garantir a salvaguarda das árvores que ainda existem.

Na mesma conferência de imprensa, Albertina Nzunzi abordou, igualmente, as queimadas e a captura de tubarões azuis na costa marítima do país, que caso não se tomem medidas para travar essas práticas, poderão resultar em sanções internacionais para o país.

“Angola poderá ser sancionada por via das convenções internacionais para protecção da biodiversidade, das quais é parte”, alertou, sublinhando, por outro lado, que o país também arrisca-se a receber uma advertência no sentido de melhorar a segurança das espécies.

Quanto ao contrabando de barbatanas de tubarões azuis, ilegalmente pescados na costa angolana, a directora Albertina Nzunzi disse que existe uma fiscalização das autoridades, que já permitiu, de 2016 até ao momento, a apreensão de 400 quilos de barbatanas secas de tubarão no Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, em Luanda.

A bióloga acrescentou que o índice de contrabando de barbatanas secas de tubarões reduziu consideravelmente nos últimos meses, em consequência da pandemia da covid-19, que limitou as viagens.

Para desincentivar estas práticas, a directora do Instituto da Biodiversidade e Conservação Ambiental defende o endurecimento das penas neste segmento.

Por Angop




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