Cultura
Autora do sucesso “Doce de coco” MELVY PREPARA PRÓXIMO CD
Dona duma voz incomparável, e autora de um dos maiores sucessos do musical nacional, a cantora Melvy já trabalha no primeiro “filho”, ainda sem título, que se espera vir ao público ainda no decurso do presente ano.
CK – Como está a sua carreira musical?
M: A minha carreira vai bem, mas um pouco devagar. Estou um pouco a atarefada com assuntos profissionais, mas sempre a trabalhar.
CK – Há quanto tempo é cantora?
M: Desde muito pequena. Assumi a carreira aos 13 anos, fazendo parte de vários projectos, como corista. Trabalhei com muitos artistas consagrados, como Rosa Rock, Mamukweno, Zé Maria Boyote, entre outros.
CK- Fala-nos do sucesso que teve com a música “doce de coco”…
M: Foi uma música que teve muita aceitação do público jovem e não só, a primeira vez ouvi na rua e vi que as pessoas gostavam. E levou-me para vários países de África e da Europa.
CK- Como surgiu a ideia de ser cantora?
M: Surgiu quando ouvi duas cantoras que na altura também queriam afirmar-se na minha carreira, e dias depois tomei a decisão e daí já não mais parei com o meu sonho.
CK- Qual é o estilo musical da Melvy?
M: Eu canto e gosto vários estilos musicais como: Semba, zouk, quilapanga. Mas o que mais me puxa é o zouk e o soul music.
CK- O que tem para este ano?
M: Estou a trabalhar para o disco. Estou em estúdio neste momento, e também estou a estudar, o que não tem sido fácil conciliar com a música, que é a minha grande paixão.
CK- Ainda se recorda da primeira música que gravou?
M: Foi um soul, era uma música sem título e falava de amor-perfeito, foi como se fosse uma brincadeira, mas era o nascimento da minha carreira, gritei muito e não quis acreditar no que tinha gravado, estava trancada no meu quarto a compor.
CK- Qual é a sua opinião sobre a música angolana?
M: A música angolana…na positividade tem estado a surgir jovens com grandes qualidades, o que me serve de aprendizado, e também temos jovens cantores que deviam ouvir e estudar mais sobre música e serem mais criativos nas suas composições e saber transmitir mensagens positivas para os nossos fãs e público em geral.
CK- O que falta ainda na sua carreira?
M: Falta mais consolidação, mais trabalho. Ainda tenho muito para mostrar e trabalhar com outros artistas, a fim de me firmar internacionalmente na música. Tenho pouca participação em trabalhos de outros cantores e vice-versa.
CK- De que maneira tem trabalhado para a divulgação da sua carreira?
M: Uso os Meios de Comunicação Social, sobretudo as redes sociais e o contacto directo com o público. Mas maior forma de divulgar os nossos trabalhos é nos espectáculos.
CK- Será que a luta por patrocínio também faz eco na sua carreira?
M: Fez e faz! Há falta de patrocínio, e qualquer artista enfrenta dificuldade. Muitos começam por prometer e depois nada feito e isso decepciona os cantores.
CK- Já podem considerar a Melvy como profissional? Já aderiu a carteira profissional?
M: Já sim. Tenho um trabalho muito bem produzido, a busca é sempre melhorar e trabalhar mais, anos após anos.
CK- Para quando o disco nas bancas?
M: Provavelmente teremos o disco nas bancas ainda este ano, já estamos com uma boa parte trabalhada, falta apenas 10 por cento do trabalho para a conclusão.
CK- Quais são as cantoras angolanas e estrangeiras que admiras?
M: Gosto muito da Yola Semedo, mas admiro o trabalho de outras, como; Ary, Pérola e Yola Araújo. E amava muito o trabalho da Nha Lizandra. No âmbito internacional gosto de Brandy, cantora de R&B, e da italiana Cecília Bartoli.
CK- Qual foi a maior dificuldade que encontrou ao longo da sua carreira?
M: A dificuldade que encarei ao longo da minha carreira foi falta de patrocínio e a demora do meu primeiro disco.
CK- Qual é a sua frase de coragem ou que lhe é companheira?
M: Se bateres em10 portas e fecharem as 10, no dia seguinte, bata em 20.
Veja o Video da música Doce de coco: