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Áustria doa EUR 1 milhão para apoiar mulheres e raparigas afectadas pela crise em Cabo Delgado

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A Áustria doou um milhão de euros para apoiar as necessidades urgentes das mulheres e raparigas afectadas pela crise em Cabo Delgado, norte de Moçambique, anunciou hoje o Fundo das Nações Unidas para a População (FNUAP).

A agência vai trabalhar “com o governo provincial e parceiros para aumentar os serviços de saúde sexual e reprodutiva que salvam vidas e os serviços de protecção contra violência baseada no género”, detalhou.

A verba vai apoiar um projecto que arranca este mês, com duração de 18 meses e que visa beneficiar 41.250 mulheres e raparigas vulneráveis.

“As mulheres são a espinha dorsal da nossa sociedade” pelo que apoiá-las “é uma poderosa contribuição para um futuro sustentável, inclusivo e pacífico para todos”, referiu Hubert Neuwirth, representante da Cooperação Austríaca para o Desenvolvimento em Moçambique.

“Uma resposta humanitária sustentável para Cabo Delgado só pode ser alcançada se as necessidades das mulheres e raparigas forem reconhecidas e atendidas”, referiu Andrea Wojnar, representante do FNUAP em Moçambique.

O financiamento da Áustria vai apoiar ações de formação, aquisição de equipamento e consumíveis médicos, prestação de cuidados remotos e distribuição de ‘kits’ de dignidade feminina, adaptados à covid-19.

Grupos armados aterrorizam Cabo Delgado desde 2017, sendo alguns ataques reclamados pelo grupo ‘jihadista ‘ Estado Islâmico, numa onda de violência que já provocou mais de 2.500 mortes, segundo contas feitas pela Lusa, e 700.000 mil deslocados, de acordo com as Nações Unidas.

O mais recente ataque foi feito em 24 de Março contra a vila de Palma, provocando dezenas de mortos e feridos, num balanço ainda em curso.

As autoridades moçambicanas recuperaram o controlo da vila, mas o ataque levou a petrolífera Total a abandonar por tempo indeterminado o recinto do projecto de gás com início de produção previsto para 2024 e no qual estão ancoradas muitas das expectativas de crescimento económico de Moçambique na próxima década.

Com Lusa 




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