Sociedade
Ausência do Estado e falta de infraestrutura agudiza sofrimento da Populacão da Santa Paciencia em Luanda
É dos bairros que liga a nova centralidade do zango. Mas, falta quase tudo. Sem água potável, e um centro médico público, a Populacão da Santa Paciencia tem enfrentado imensas dificuldades.
Desde a falta de uma escola nos arredores, e energia elétrica, o número de crianças fora do sistema de ensino, é assustador. Constatou a equipa de reportagem do Correio da Kianda naquela zona.
A falta de iluminacão e de um posto Policial, é um outro dilema que tem estado a obrigar várias familias a irem mais cedo a cama, em funcão da criminalidade que cresce a cada dia que passa, segundo fez saber um dos moradores em conversa com a equipa do Correio da Kianda.
Quase conformados com o que chamam de sofrimento, alguns moradores, em conversa com a nossa equipa de reportagem, apontam o actual Administrador de Viana, de pouco ou quase nada fazer para minimizar a situacão.
Segundo explicam, desde a sua ascessão a Administrador de Viana, nunca Fernado Manuel visitou aquela zona. E a semelhança do Administrador de Viana , Euclides da Costa, actual administrador do distrito Urbano do Zango, Idem.
“Aqui na santa paciencia vivemos a Deus dará. Nos falta quase tudo, e como parece que não nos conhecem, nunca vimos aqui a presença do novo Administrador que por sinal é jovem, e que deveria ter uma forma de governar diferente como os que passaram, nunca vimos a cara do Administrador aqui, para não falar do actual Administrador do distrito do zango Euclides que parece só veio aqui uma vez . Revelam.
Deseperados, moradores da comunidade lançam o grito de socorro a quem de direito, no sentido de se olhar e dar mais atencão a aquela zona, onde depois das demolicões de 2016, muitos deles vivem em casebres montados apenas com blocos, sem o uso de cimento ou de massa de construção, feita de terra.
” Como podem ver, aqui muita gente vive nestas condicões. São cubatas amontoadas de blocos apenas. E a noite quando dormimos temos que ter muito cuidado para não tocar nela, porque senão nos pode cair no corpo. Lamentam.
António Cardoso Pedro
19/03/2020 em 3:39 pm
A notícia de facto corresponde a verdade,pois sou um dos filhos daquelas terras, e das vezes que por lá passei para ir às lavras do meu falecido pai, Cardoso Pedro, pude constatar isso. Tudo ali falta e o povo sofre na carne. Obrigado!