Connect with us

Justiça

As “razões” que levaram um efectivo da polícia a fazer denúncias de tráfico de drogas na RTP

Published

on

Foi, nesta segunda-feira, 30, apresentado à imprensa, o jovem de 33 anos, detido na última semana pelo Serviço de Investigação Criminal, depois de ter proferido palavras difamatórias e caluniadoras aos órgãos do Estado, no programa “Tem à Palavra”, da rádio e televisão portuguesa, RTP.

Trata-se de um cidadão, por sinal, efectivo da Polícia Nacional, ostentando a patente de primeira, estafeta, colocado na unidade de policia de segurança pessoal e entidades protocolares, do departamento de relações públicas.

Identificado por Dionísio Sebastião, na apresentação pública do mesmo à imprensa, o acusado assumiu ter prestado declarações falsas ao órgão de comunicação público português, motivado, segundo fez saber, por um descontentamento no seio de efectivos da Polícia, que consiste, disse, na falta de promoção de agentes com muitos anos de carreira na polícia.

“Aquelas falsas declarações que eu dei, é em função de algo que eu quis exprimir, sobre essa tristeza e dureza que vivemos na corporação. Eu estou a 15, uns estão a 20, outros estão a  16 , 20 a 22 anos, mas sempre no mesmo grau. Não se percebe, esta situação”, justificou.

Dionísio Sebastião mostra-se arrependido pela conduta, mas revela ter feito as declarações, que confessa serem falsas, à RTP, por considerar o programa “Tem à Palavra”, da rádio e televisão portuguesa, como um dos espaços de audiência para comunidade Lusófona, como Angola, que poderia, no seu entender, “chamar atenção das autoridades”.

“Tudo aconteceu em função de um certo descontentamento, uma certa mágoa, uma certa dor que acarreto no coração, e, esta dor, esta mágoa, em nada tem a ver com o Serviço de Investigação Criminal. Infelizmente, mantenho-me numa classe, bastante inferiorizada, cujo, nem sequer o salário permite dar-me sequência de concluir o Ensino Superior”, disse, acrescentando ter aproveitado a audiência do Programa.

“Aproveitei a audiência que tem o programa, dando uma informação que não seja talvez a correcta, e dando os meus dados oficiais, logo, sabia que, mais cedo ou mais tarde, seria intimado. Mas aquelas falsas declarações que eu dei, é em função, de algo que eu quis exprimir”, concluiu.