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Argélia expulsa diplomata marroquino por violação de leis

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Foi declarado esta quinta-feira, 27, pelo Governo argelino “persona non grata” o vice-cônsul marroquino em Oram e deu-lhe 48 horas para abandonar o território argelino.

Em causa estariam acusações de violação de leis nacionais e internacionais e de demonstrar comportamentos “incompatíveis” com as funções.

De acordo ainda com um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Argélia, divulgado pela imprensa local, o chefe interino do consulado marroquino em Argel, Khalid Chihani, foi já notificado sobre a decisão tomada em relação ao vice-cônsul em Orão, a pouco mais de 400 quilómetros a oeste de Argel.

A Argélia rompeu as relações diplomáticas com Marrocos em Agosto de 2021 devido a uma série de queixas, incluindo a falta de progressos na resolução do litígio territorial sobre a antiga colónia espanhola, e a divisão continua até hoje, sem que nenhuma das partes tenha construído pontes.

A nota de expulsão do vice-cônsul não especifica as irregularidades que o diplomata marroquino terá cometido, agravando assim mais ainda as relações já deterioradas entre os dois países vizinhos, afastados entre outras questões pela radical divergência de opinião em relação ao Saara Ocidental.

A Argélia, cujo território serve de base aos membros do movimento de libertação da Frente Polisário, que luta pela independência do Saara Ocidental, defende a realização de um referendo de autodeterminação do povo sarauí, assinado pelas partes em 1991, sob a égide das Nações Unidas.

Marrocos, por seu lado, defende a atribuição de uma maior autonomia ao território, mas sob a soberania de Rabat.

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