Politica
Apresentação de um só candidato é um retrocesso aos ideais da UNITA, diz Samakuva
O presidente da UNITA, Isaías Samakuva, disse opor-se a que haja um só candidato à liderança do partido no próximo congresso que vai escolher um novo presidente depois da anulação do seu anterior conclave pelo Tribunal Constitucional (TC).
Samakuva disse à VOA considerar a apresentação de um só candidato “um retrocesso” aos ideais da UNITA.
O TC anulou o XIII congresso, realizado em 2019, pelo facto do eleito presidente Adalberto Costa Júnior possuir a nacionalidade portuguesa quando apresentou a sua candidatura, o que é ilegal pela lei angolana.
A UNITA tinha anteriormente rejeitado essa acusação, mas acatou a decisão e Isaías Samakuva foi reconduzido ao cargo que ocupava anteriormente e do qual havia renunciado voluntariamente.
Fontes da UNITA dizem que na última reunião do Comité Permanente ficou combinado que Adalberto Costa Júnior será o candidato único, algo que Samakuva rejeita.
“Estou a ver essa ideia de candidatura nas redes sociais e de alguns companheiros mas é opinião deles, que entretanto, não se adapta à realidade da UNITA”, disse o presidente do partido do ‘Galo Negro”.
“Penso que seria um retrocesso muito grande realizar congresso com candidato único, tendo em conta as conquistas que o partido já teve”, afirmou Samakuva, quem lembrou haver a possibilidade de ser encontrar consensos em relação a esta matéria.
Isaías Samakuva, que regressa à liderança do partido, após a decisão do Tribunal Constitucional que anulou o congresso que elegeu o até agora presidente, Adalberto Costa Júnior, fez sua primeira visita, ontem, terça-feira, ao município de Viana, em Luanda, onde reuniu-se com a JURA e LIMA, duas organizações daquele partido.