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Após renúncia de primeiro-ministro, Haiti prepara formação de conselho presidencial de transição
Após a renúncia de Ariel Henry, o Haiti se prepara para a formação, em breve, de um “conselho presidencial de transição”. A indicação de uma nova liderança ao país, que não realiza eleições há quase 10 anos, porém, não é uma garantia de que as gangues que controlam grande parte do território dariam uma trégua ao país caribenho.
O conselho que irá apontar o sucessor de Henry será constituído por dois observadores e sete eleitores que representarão os diferentes sectores da sociedade civil e religiosa do Haiti. Não se sabe, porém, a partir de quando será substituído o primeiro-ministro cessante do Haiti, uma vez que não foi apontada qualquer data para a constituição do referido conselho que nomeará o sucessor.
O principal líder dos grupos criminosos que controlam àquele país, Jimmy Chérizier, apelidado de “Barbecue”, afirmou na segunda-feira, 11, em um vídeo publicado antes da renúncia de Henry, que não tinha a intenção de respeitar um governo decidido fora do país.
Pressionado há tempos pela comunidade internacional e interna, Ariel Henry aceitou na segunda-feira, “a instauração de um conselho presidencial de transição”. O governante deveria ter deixado o cargo em Fevereiro, mas fez um acordo com a oposição e adiou ainda mais a convocação das eleições.
Gangues
As gangues têm laços profundos com a elite política e económica do Haiti. Estima-se que mais de 200 delas operem no país, principalmente em Porto Príncipe e áreas vizinhas, onde controlam cerca de 80% da região. Na capital, as gangues unem-se em torno de duas coligações principais: Família e Aliados do G9, liderada por Chérizier, e G-Pep, liderado por Gabriel Jean-Pierre.
Com agências internacionais