Ligar-se a nós

África

Apelo a mobilização popular na RDC provoca proliferação de grupos paramilitares, afirma analista

Publicado

em

O especialista em Relações Internacionais Adalberto Malú interpreta o discurso de Tshisekedi, em duas formas, sendo uma como um desespero estratégico, e a outra como um sinal de indicação clara, que o governo de Kinshasa considera a ameaça existencial e está disposto a militarizar a população para proteger a sua soberania.

O especialista afirma que o apelo do Presidente da RDC pode acarretar várias consequências, apontando que a militarização da população sem experiência pode comprometer a eficácia militar e agravar a instabilidade interna, alastrando o conflito para outras regiões e a proliferação de grupos paramilitares com dinâmicas próprias.

Adalberto Malú acredita que os pronunciamentos, de Tshisekedi torna o desfecho do conflito ainda mais imprevisível.

Pouco depois das 23 horas desta quarta-feira, 29, isto, hora de Luanda, o Presidente da República Democrática do Congo falou pela primeira vez à Nação após a tomada de Goma, capital de Kivu-Norte, pelo Movimento 23 de Março, doze anos depois da cidade ter sido ocupada por dez dias pelos rebeldes do M23.

“O país, em particular as províncias de Kivu-Norte, Kivu-Sul e de Litori, enfrentam uma agravação sem precedentes da situação de segurança. As Forças de Defesa do Ruanda, em apoio da marionete do M23, continuam as suas operações terroristas em nosso território, semeando o terror e a desolação entre nossas populações. Com vocês, eu compartilho a dor e a indignação contra esses ataques bárbaros”, começou por dizer Félix Tshisekedi.

O Presidente da RDC, chamou toda a nação, homens e mulheres, jovens e velhos, actores políticos, operadores económicos, membros da sociedade civil, artistas e atletas, a se mobilizar, a fazer blocos atrás das suas valentes forças armadas e a contribuir, cada um a seu nível, ao esforço de guerra.

O Presidente da RDC, que esta quarta-feira reuniu-se com o seu homólogo João Lourenço, em Luanda, disse que como contrapartida, que neste momento está em curso “uma resistência vigorosa e coordenada contra esses terroristas “.

Continuar a ler
Clique para comentar

Deixar uma resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *




© 2017 - 2022 Todos os direitos reservados a Correio Kianda. | Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem prévia autorização.
Ficha Técnica - Estatuto Editorial RGPD