Sociedade
Antunes Huambo quer congregar mais de 300 seitas na Igreja de Comunhão Cristã de Angola
O reverendo Antunes Huambo chamou a imprensa, nesta terça-feira, 08, em Luanda, para em conferência anunciar que a Igreja de Comunhão Cristã de Angola passa a congregar mais de 300 seitas.
Antunes Huambo justificou a medida, como forma encontrada para contornar a burocracia que se verifica no processo de legalização de uma denominação religiosa, por parte do Instituto Nacional para os Assuntos Religiosos.
A conferência de Imprensa serviu também para aquela denominação religiosa apresentar e divulgar os novos documentos que segundo fez saber, “conferem personalidade jurídica à igreja de Comunhão Cristã de Angola, ICCA, sendo habilitada a proceder a recolha das sessenta mil cópias de Bilhete de Identidade autenticadas pelos serviços notariais, 18 mil Atestados de Residência recolhidos em todo o território nacional, adicionando mais sessenta Declarações de Aceitação de compromisso de honra, de seus assinantes”.
Segundo o sacerdote, os documentos acima são determinantes para que a sua denominação religiosa tenha reconhecimento jurídico definitivo, tendo apresentado, na ocasião, o certificado de admissibilidade pelo Instituto Nacional para os Assuntos religiosos, datado de 28 de Abril do corrente ano.
Antunes Huambo fez ainda saber que estão a definir metodologia de redimensionamento estratégico, alinhamento e foco dos ministérios eclesiásticos que constituem a sua denominação religiosa a nível das 18 províncias do país, “apelando para o efeito, a mobilização das confissões religiosas sem personalidade jurídica de matriz cristã, ara como uma única igreja nacional, associarem-se urgentemente a este amplo movimento de recadastramento nacional”.
O convite do líder daquela religião cristã é estendido à todas as igrejas que tenham semelhança doutrinária e litúrgica, “uma vez que todos exercemos a esperança de no futuro, vivermos no mesmo Céu, pois, porque não começarmos a viver já aqui na terra, a experiência da unidade do corpo de cristo, na diversidade dos nossos dons ministeriais?”, interrogou.
Na sua comunicação Antunes Huambo apoiou-se à lei 12/19 de 14 de Maio – lei sobre a liberdade de religião e de culto, que caracterizou de ter “excesso de burocracia e rigor”, dada a sensibilidade do próprio processo de reconhecimento de confissões religiosas, “para valorosamente associarem-se ao desempenho do projecto congregador e unificador da Igreja de Comunhão Cristã de Angola, ICCA, pois unidos seremos mais fortes e capazes de garantir e assegurar a continuidade do exercício legal do ministério sagrado em Angola”.
O reverendo aproveitou a ocasião para esclarecer que cada pastor de uma denominações religiosas que se juntam à ICCA passará a ser representante ministerial da igreja na sua área geográfica, com autonomia administrativa, espiritual e financeira.