Politica
António Venâncio promete estabelecer fronteiras entre acções do partido e do Governo
O engenheiro António Venâncio, que pretende concorrer à liderança do MPLA, promete estabelecer fronteiras entre as acções do partido e do Governo. Esta pretensão, poderá fazer parte do manifesto do político dos camaradas, que se desloca neste fim-de-semana ao interior do país, em contacto com as bases do seu partido.
O político disse, por outro lado, que não pode existir dissonância naquilo que está estabelecido no seu programa e estatutos, e as prioridades ou acções do governo, em relação a Nova Divisão Administrativa que considera colidir com o programa do MPLA.
Reiterou António Venâncio, que o que consta como prioridade no programa de governo do MPLA, é a implementação e fortalecimento do poder autárquico, por isso, sublinhou, a Nova Divisão Administrativa não faz parte das prioridades dos documentos reitores do partido que sustenta o Governo.
O político do MPLA reconhece que a Nova divisão Administrativa é necessária, por entender que ela promova desenvolvimento, mas, considera não ser prioridade, por isso, no seu manifesto, referiu, Luanda voltará a ter as fronteiras que tem hoje.
O pré-candidato que viu a sua pretensão de concorrer no último congresso do MPLA, fez saber que “vai trabalhar em duas províncias do sul e no leste de país, para manter contacto com a sociedade civil e encontros informais com militantes, para aprofundar o conhecimento sobre as preocupações das populações , e verificar melhor o estado de organização das nossas bases no interior do país”, disse António Venâncio .
Entretanto, um outro pré-candidato à liderança do MPLA, Higino Carneiro, participa neste domingo, 01, na peregrinação ao santuário da nossa senhora da Muxima. A informação foi revelada à Rádio Correio da Kianda, pela área de informação do general na reforma que, recentemente reiterou a intenção de concorrer a liderança do MPLA, quando falava em exclusivo a Rádio Correio da Kianda, tendo afirmado na ocasião que “não retirava nem acrescentava nada do que disse há meses”.
Sobre as movimentações dos aspirantes ao cadeirão máximo do MPLA e da República, o politólogo Rui Kandove diz que o ambiente que se vive actualmente no seio dos camaradas resulta da falta de acomodação dos interesses de uma determinada elite, que agora se acha no direito de avançar com um ou dois candidatos.
O especialista adverte porém, a responsabilidade que o MPLA tem, enquanto partido que sustenta o governo.
Kandove antevê um cenário político interessante, numa altura em que o líder do MPLA , manifestou apoio aos candidatos jovens, com vista a realizar a transição geracional.