Sociedade
Angolanos na diáspora devem ser acompanhados: analista comenta morte de família em Portugal
Quatro membros da mesma família angolana, residente em Portugal, perderam a vida, após inalação de gases tóxicos de fogareiro usado para aquecimento. A tragédia aconteceu em Vilar Formoso onde residia o casal mais dois filhos.
O analista em relações internacionais, João André, defende que o estado angolano no âmbito dos direitos fundamentais dos cidadãos angolanos, tem a obrigatoriedade de garantir o apoio e assim acompanhar este caso para que sejam apuradas as reais causas, e se confira dignidade para a família.
Com base a esta situação, André chama a atenção ao estado angolano para que se faça um acompanhamento aos angolanos residentes na diáspora.
“O não controlo daquilo que são os nossos interesses nacionais vão efectivamente criar motivo de estrangulamento sustentável do nosso país”, vincou.
O analista prossegue afirmando que, o estado angolano se escusou à prestar apoio tanto do ponto de vista moral, institucional, desportivo a estas famílias como consequência, o país sai a perder.
“Hoje, muitos angolanos na diáspora têm dificuldade de aceitar vir jogar, representar ou ainda defender as cores do país porque o estado angolano por muito tempo se escusou de prestar apoio desportivo, moral a essas famílias”, sustentou.
O Consulado angolano em Portugal deve envidar esforços significativos para fazer o acompanhamento todo.
Para Horácio Simba, também analista em relações internacionais, é necessário uma averiguação nas políticas públicas do governo angolano com vista a melhorar o bem estar das populações. Sustentou ainda que, muitos deixam o país, em função das condições oferecidas.
“Nenhum angolano vai fora para fazer riqueza, vão lá, para procurar subsistência e sobrevivência”, disse e avançou: “enquanto estado soberano e que caminha aos 50 anos de independência há necessidade de repensar às medidas existentes sobre as políticas públicas. O analista classifica como contra-senso”.
Sobre a morte dos quatro membros, Horácio levantou a hipótese de questões raciais, por isso, sugeriu a cooperação dos dois estados para melhor apurar os factos.
“Pode se dar o caso que o aparelho que foi oferecido pelo cidadão português tenha a prejudicar a família por motivos raciais”, considerou, afirmando “ser apenas uma hipótese”
Monóxido de Carbono é um elemento químico representado pela tabela periódica (C O). Surge em função de altas temperaturas. É um poluente tóxico que pode causar intoxicação por asfixia química.
Pingback: Fogareiro utilizado por família no quarto era para uso em locais abertos, diz familiar das vítimas - Correio da Kianda - Notícias de Angola