Politica
Angola vai homenagear “os seus mortos”
Finalmente o Governo Angolano está a preparar as condições para numa cerimónia oficial fazer uma “reparação simbólica”, de todas as vítimas da guerra e da repressão.
A confirmação foi feita no mês passado em Paris, pelo ministro da Justiça e dos Direitos Humanos, Francisco Queiroz, em declarações a Rádio France Internacional (RFI).
Queiroz que negou qualquer indemnização as famílias das vítimas mortas em diferentes ocasiões da história de Angola, como país independente.
“Eu também nunca usei esse termo de indemnização. Sabe porquê? Porque há coisas que não se pagam com dinheiro. A dignidade, a memória das pessoas não se paga com dinheiro. O que nós estamos à procura é de fazer uma homenagem merecida e um reconhecimento dos mártires da pátria”, disse o ministro.
“Eu também nunca usei esse termo de indemnização. Sabe porquê? Porque há coisas que não se pagam com dinheiro.
Concluí-se, com estás declarações, que os famíliares das vítimas do 27 Maio, recebam, finalmente, as certidões de óbitos dos seus parentes mortos durante a repressão, algo que nunca foi aceite pelo anterior governo, liderado por José Eduardo dos Santos.
Os corpos de dirigentes da UNITA mortos em Luanda, na conhecida “Quinta-feira sangrenta”, também neste processo que começou com a devolução do corpo do líder fundador daquele partido, Jonas Savimbi.
“Houve vítimas inocentes que tombaram, deram as suas vidas para nós hoje estarmos aqui vivos”, explicou.
Francisco Queiroz avançou, igualmente, que este será em que não se apontaram dedo a nínguém, mas sim de “reconciliação nacional.