Angola que dá certo
Angola terá em breve fábrica de máquinas para impulsionar agricultura
Angola poderá, em breve, contar com uma fábrica de máquinas usadas para a actividade agrícola, e garantir melhor produção de alimentos.
A iniciativa é de um grupo empresarial chinês que deu a conhecer à imprensa, no final de uma reunião com a Câmara de Comércio China Angola, em Luanda.
O Presidente da Câmara de Comércio China-Angola, Luís Kupeñala, disse que a reunião está enquadrado no programa de diplomacia económica do Presidente da República, João Lourenço, com o objectivo de alavancar a economia angolana.
“Como câmara, também é nossa missão, de mobilizar o investimento privado de Angola no quadro do cumprimento do programa Nacional de Desenvolvimento”, disse. Luís Kupeñala disse que Angola, tem mais de 35 milhões de hectares de terras aráveis para a produção agrícola. “Desses 35 milhões de hectares apenas 10% são explorados. Precisamos, no entanto, no quadro do plano estratégico do executivo angolano, que é o aumento da produção de grãos, para garantir a segurança alimentar”, afirmou.
De acordo com o responsável, é imperioso a mobilização de actores do sector para que se faça investimentos na agricultura em Angola, de forma a reduzir a dependência acentuada do sector petrolífero da economia do país e aumentar a capacidade do sector não petrolífero.
“Angola gasta quatro mil milhões de dólares para a importação de alimentos para o país. Portanto, a demanda que este país tem, do ponto de vista dos factores de produção e investimento em várias áreas da agricultura, é de 20 mil milhões de dólares”, disse.
Luis Kupeñala mostrou-se preocupado com o facto de Angola ainda continuar a depender de “factores sazonais” para a prática da agricultura, referindo-se à chuva.
Por essa razão entende ser urgente que se adotem medidas que venham permitir que os homens do campo trabalhem “24/24”
“Dependemos da chuva para a agricultura, mas a China tem uma experiência de longa história. É assim que em 2020 a China declarou o fim da pobreza, com aumento da agricultura, a industrialização do país”, reconheceu.
Liu Bo, que preside o grupo de empresas chinesas que estão em Angola para investir no sector agricola, disse que estão interessados em instalar em Angola uma fábrica de produção de bombas para agricultura, estando neste momento a encetar contactos com os governos provinciais de Luanda, Bengo e Icolo e Bengo para a cedência de um terreno para o efeito.
Cento e cinquenta milhões de dólares americanos é o valor que o referido grupo empresarial declarou possuir para erguer a infraestrutura em Angola.
Disse ainda que o terreno necessário é de 30 a 50 hectares, tendo sublinhado que nesta primeira visita ao país a delegação de Liu Bo já esteve em alguns terrenos que estão a ser analisados pelos responsáveis das empresas que estão no país para depois anunciar a decisão final.