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Economia

“Angola tem maior responsabilidade nas trocas comerciais da CEEAC”

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O Ministério da Economia e Planeamento acolheu, nesta quarta-feira, 07, uma reunião com os empresários da região da África Central, onde o ministro Sérgio dos Santos disse que o PIB de Angola representa maior responsabilidade nas trocas comerciais da comunidade, por ser o maior de todos os 11 países.

Angola, com um Produto Interno Bruto de 124 mil milhões de dólares, representa um peso de 50% da economia de toda comunidade e, “por isso o nosso país joga um papel muito importante para a integração das economias da Comunidade da África Central (CEEAC) pelo facto de ter o maior PIB da região, seguido da República Democrática do Congo e dos Camarões, mas com uma diferença abismal, em relação a Angola.

São 11 países que integram a comunidade, que tem um total de 130 milhões de habitantes que partilham economia. Apesar do seu mercado interno movimentar 246 biliões de dólares anuais, as trocas comerciais entre os países da região “representam apenas 1,6% quando comparado com as transacções com outros países que não são da região”, afirmou o ministro Sérgio dos Santos.

“A fase das guerras na nossa região só vai ultrapassar-se, quando nós melhorarmos a vida das pessoas e isso faz-se com economia”, referiu, tendo acrescentado que “a nossa nova guerra é a economia, e os nossos soldados são os empresários, cujos generais são os líderes associativos”. Por esta razão, o ministro da Economia e Planeamento defende que o movimento de investimento deve ser recíproco entre os 11 países.

Ministro da Economia e do Planeamento

O governante sugeriu ao Presidente da Comissão da Comunidade Económica da África Central, o angolano Gilberto Veríssimo, a empreender esforços com vista a melhorar “as trocas comerciais que devem ser feitas entre os empresários”.

Por sua vez, o embaixador Gilberto Veríssimo, presidente da CEEAC apontou algumas das dificuldades “práticas” que os empresários enfrentam da comunidade enfrentam, como a falta de armadores africanos, para se deixar de depender do ocidente nas trocas comerciais entre os países da comunidade, o facto de cada uma das comunidades económicas do continente estar a elaborar a sua própria pauta aduaneira externa, tendo advogado a criação de uma única pauta aduaneira para todo o continente.

Gilberto Veríssimo defendeu igualmente a exploração dos 3.000 KM da costa marítima nos países da comunidade, tendo afirmado que dada a falta de armadores africanos, “se nós quisermos mandar um contentor de Luanda para Doulá (Camarões) o contentor vai primeiro na Antuérpia (Bélgica), pagando todas as formalidades de entrada e saída daquele país e só depois regressa ao continente para chegar a Doulá um contentor que sai de um país para outro dentro da comunidade, tem de ir primeiro o ocidente, uma situação, que segundo aquele empresário, dificulta a integração económica dos países.

Do encontro participam a comissária para a Promoção do Género, Desenvolvimento Humano e Social, Kapinga Yvette NGandu, e Comissário para o Mercado Comum e Assuntos Económicos, Monetários e Financeiros, François Kanimba, além de 24 associações empresariais angolanas, nos diversos sectores do comércio e industrial.

São membros da Comunidade dos Estados Económicos da África Central (CEEAC), Angola, Burundi, Camarões, Chade, Gabão, Guiné Equatorial, República Centro-Africana, República do Congo, República Democrática do Conto, Ruanda e São Tomé e Príncipe.