O coordenador da Comissão Executiva de Desminagem de Angola considerou hoje, em Luanda, animadores os resultados globais obtidos nos últimos 15 anos, com a limpeza de 50 por cento da área com necessidade de intervenção.
Gonçalves Muanduma, igualmente ministro da Assistência e Reinserção Social de Angola, falava à imprensa à margem da Conferência Nacional sobre Desminagem, que hoje arrancou em Luanda e decorre até sexta-feira, para avaliação do actual quadro de desminagem no país, lançado desde o alcance da paz em 2002.
“Os dados globais apresentados são bastante animadores, rondam em 50 por cento, 15 anos depois do que o país se encontrava quando terminou a guerra. Há um esforço muito grande”, disse o coordenador da Comissão Executiva de Desminagem.
No total, foram retiradas 419.101 minas antipessoal, 26.391 antitanque e 5.960.346 outros engenhos remanescentes de guerra, segundo dados apresentados na conferência.
O governante angolano frisou que Angola tem pela frente o desafio de tornar-se um país livre de minas até 2025, em cumprimento do artigo 5º da Convenção de Otawa, da qual é subscritora.
“Esse é um grande desafio, tendo em conta o tempo que resta, infelizmente, esse processo de alguma maneira ficou afectado pela crise económica que o país viveu. Ainda assim o Presidente da República priorizou que as brigadas não parassem”, disse.