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Angola reconhece feitos dos que sem esperar recompensa contribuíram no derrube colonial, diz João Lourenço

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O Presidente do MPLA anunciou nesta segunda-feira, 31, que a entrega de medalhas de outorga dos 50 anos de Independência Nacional terá início no dia 4 de Abril do ano em curso.‎

O líder dos “Camaradas” ‎assegurou que a pátria reconhece os feitos daqueles que, em circunstâncias difíceis e perigosas, sem esperar por qualquer tipo de vantagem imediata ou recompensa, levaram a cabo acções que contribuíram para o derrube do colonialismo, e para a consolidação da independência e soberania nacional, bem como da paz e bem-estar social.

João Lourenço, disse que por ocasião do jubileu, independentemente da filiação partidária, origem étnica, confissão religiosa ou social, todos (a) angolanos (a)  são chamados a reflectir sobre o nosso destino comum, sobre Angola que queremos para as gerações vindouras. O líder do MPLA apelou os militantes do partido sobre os desafios para lançar novos quadros e dirigentes nos novos entes territoriais no âmbito da Nova Divisão Político Administrativa.

João Lourenço repudiou qualquer forma de violência contra as mulheres, reforçando o compromisso do governo e do partido, na promoção da igualdade de género e da protecção dos direitos femininos. O Presidente do MPLA rendeu homenagem a mulher angolana, pelo seu contributo na luta de libertação nacional, na reconstrução nacional e na economia em geral, e em tudo que contribui para o desenvolvimento integral do país.

Sobre o assunto, o filósofo e comentador, Albino Pakisi, considerou que o discurso de João Lourenço, é bonito do ponto de vista estético, mas lembrou que “quem governa o país é o partido do Presidente”, por isso, “esse discurso cai em saco roto, face ao desentendimento total entre as duas principais forças políticas no país”. Pakisi, é de opinião que, cada angolano “enquanto cidadão está empenhado da sua maneira, mas tem de ser o partido do Presidente que tem de tomar as grandes decisões”.

Pakisi, pensa que é bom chamar o engajamento de todos angolanos, mas, revelou que “aquelas pessoas que apresentam vozes contrárias não são tidas nem achadas”. O especialista, pediu abertura das comportas, de modo que todos angolanos participem nos festejos dos 50 anos, a medida das condições de cada angolano.

Já, o politólogo, Luís Jimbo, disse que há nomes sonantes que não constam na lista dos condecorados, como de Nito Alves, do MPLA, enquanto, o seu subordinado Monstro Imortal, foi integrado, à semelhança da FNLA e a UNITA, que alguns dos seus dirigentes foram contemplados deixando de fora os líderes fundadores Holden Roberto e Jonas Savimbi, respectivamente, atendendo os critérios adoptados.

O director executivo do Observatório Eleitoral avançou que o país vai comemorar o 50º aniversário da independência em dois sentidos, por falta de investimento na reconciliação que toca a alma, e o reconhecimento daqueles que estão em vida, e aqueles que, poderão apresentar crítica por não reconhecimento de alguns outros.

Jornalista multimédia com quase 15 anos de carreira, como repórter, locutor e editor, tratando matérias de índole socioeconómico, cultural e político é o único jornalista angolano eleito entre os 100 “Heróis da Informação” do mundo, pela organização Repórteres Sem Fronteira. Licenciado em Direito, na especialidade Jurídico-Forense, foi ainda editor-chefe e Director Geral da Rádio Despertar.




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