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Angola perde cerca de 120 mil barris de petróleo anualmente

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O país tem registado declínio acentuado nos níveis de produção de petróleo de forma consecutiva. A informação foi avançada na noite desta terça-feira, 27, em Luanda, pelo Secretário de Estado dos Petróleos, José Barroso, quando falava à imprensa no lançamento da V Conferência Angola Oil & Gás, organizada pela Capital Energy.

Segundo o governante, o declínio na produção de petróleo no país é de anos consecutivos.

“A nossa produção tem o declínio entre 10 a 15% anualmente. Portanto, todos os anos nós perdemos cerca de 120 mil barris de petróleo”, disse, defendendo a necessidade de se procurar outros recursos para substituir o petróleo.

A razão da redução, de acordo com o governante, deve-se ao estado de amadurecimento dos campos.

“Os campos, na sua maioria, já produzem a muito tempo e por tanto é um declínio natural, normal”, explicou.

O facto de o país não ter novos campos de exploração de petróleo é também uma das razões do declínio que a produção tem vindo a registrar nos últimos anos.

“Nós temos que fazer pesquisas, prospecção e exploração para ver se encontramos novas acumulações de petróleo é assim substituir o que temos vindo a produzir”, acrescentou.

Sobre a V Conferência Angola Oil & Gás o secretário de Estado dos Petróleos destacou os temas a serem abordados, tendo dito que a exploração e produção de hidrocarbonetos no país, tendo começado por recordar que o evento faz uma “harmonia perfeita”, em juntar os sectores público e privado num único espaço para debater assuntos de interesse comuns.

José Barroso disse que o Ministério dos Recursos Minerais Petróleo e Gás está aberto para colaborar com esta iniciativa, tendo apelado ao empresariado do sector participem do evento.

O vice presidente da Associação das Empresas Contratadas da Indústria de Petróleo e Gás em Angola (AECIPA), Luis Lago de Carvalho, presente no evento, disse que muitas são as empresas do sector que são várias as dificuldades que as empresas do sector enfrentam para trabalhar em Angola.

Entre as dificuldades apontadas por aquele responsável, estão problemas ligados à impostos, contratos com agências, e que com apoio institucional do Ministério têm sido resolvidos com cada entidade responsável.

Questionado sobre o que mais preocupa aquela organização, Luís Lago de Carvalho apontou o conteúdo local como resposta.

“A aplicação do conteúdo local, mas com objectivos bem definidos, e caso realmente isso fosse uma realidade, por acho que isso teria um impacto não só para as empresas, mas para o resto do país e para o resto da economia”, referiu.

Outra preocupação apresentada pelo empresário é o doingbussines, através do qual as empresas querem ver as suas situações fiscais regularizadas, bem como facilitada a recuperação do IVA.

Luís Lago de Carvalho disse que as empresas enfrentam dificuldades e encontram vários entraves para operarem no mercado petrolífero angolano, pelo que é urgente a solução para permitir as empresas operarem.

O Director da conferência Angola Oil & Gás, Luís Conde, disse que o principal objectivo da quinta edição do evento é o impulsionar a produção de petróleo no país, e para isso, todas empresas participantes ao evento deverão estar num único espaço para encontrar soluções, através da abordagem de temas comuns.

Com 80 empresas já confirmadas, 20 das quais estrangeiras. Luis Conde prevê que um número record de empresas participantes seja alcançado.

O responsável avançou que estão previstos também assinatura de vários acordos, que entretanto serão anunciados em momentos oportunos.




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