Economia
Governo assina contrato de USD 3,2 mil milhões com empresas Mota Engil, Trafigura e Vecturis
O Governo angolano assinou um contrato de concessão do Corredor do Lobito, no valor de 3,2 mil milhões de dólares com as empresas Vecturis, Trafigura e Mota Engil, sexta feira, 4, por um período de 30 anos.
O contrato foi assinado entre Ministério dos Transportes e o consórcio, na capital do país, Luanda, e o ministro dos Transportes, Ricardo de Abreu, considera o acto como um marco relevante para o desenvolvimento do sector que dirige.
Para dar início das operações, “falta montar às equipas que vão trabalhar permanentemente no Lobito”, afirma o director nacional da Economia das Concessões, Eugénio Fernandes.
Disse ainda, Eugénio Fernandes, que o estado actual do Corredor do Lobito continua operacional e, com a entrada do consórcio, o que vai acontecer “é que esta parceria vai conferir mais dinâmica, aumento da eficiência, dinamização e modernização tecnológica da infraestrutura existente”.
Por outro lado, indica ainda que, dos 3,2 mil milhões de dólares entregues pelo Governo, cerca 1,9 mil milhões de dólares foram investidos no incremento das infra-estruturas e expansão do Porto do Lobito, 1,2 mil milhões para a construção de terminais e o remanescente na construção de centros logísticos, para “criar mais capacidade” para o Caminho-de-Ferro de Benguela (CFB).
Com a efectivação deste contrato, o Governo angolano arrecadou 100 milhões de dólares que serão usados como recursos próprios para actividades em carteira do sector, com excepção dos 40 por cento do valor depositados na Conta Única do Tesouro (CUT), realçou.
O Jornal de Angola noticia que, esse contrato de concessão pode ser prolongado até 50 anos, caso o consórcio opte por construir o ramal ferroviário Luacano (Moxico) e Jimbe (Zâmbia), numa extensão total de 259 quilómetros, avaliados em 3,6 milhões de dólares, por quilómetro.
Alexandre Canas, representante do consórcio, informou que a companhia já investiu cerca de 550 milhões de dólares, dos quais cerca de 450 milhões foram gastos para a compra de novas locomotivas.
O consórcio prevê, ao longo dos 30 anos, aumentar a frequência diária para 50 comboios e garantir 1.600 empregos directos, com a arrecadação anual inicial de três milhões nos primeiros dez anos.
Para os novos gestores do Corredor do Lobito, “a actividade vai desbloquear a região rica em minerais de transição energética, melhorar as relações comerciais na África Central e é uma oportunidade para acelerar o desenvolvimento económico das províncias de Benguela, Huambo, Bié e Moxico”, diz o representante.
No entanto, o contrato para a gestão do Corredor do Lobito compreende a infra-estrutura, operação ferroviária e portuária, numa extensão de mais de 1.200 quilómetros que liga Angola à países vizinhos, ”Zâmbia” e os parceiros da SADC.