Sociedade
“Angola está fora do ranking universitário por académicos preferirem política partidária”
O antigo Secretário Geral do Sindicato dos Professores do Ensino Superior, Carlinhos Zassala, atribui culpa aos professores e estudantes universitários angolanos, pelo facto de o país não constar da lista das melhores universidades de África, recentemente divulgada.
O recente ranking das 400 melhores universidades do continente africano, do qual Angola não faz parte, continua a gerar polémica.
O docente universitário, Carlinhos Zassala, segundo secretário da primeira região académica de Angola, disse que não se pode atribuir culpa aos políticos, nem as autoridades governamentais o facto de nenhuma instituição de ensino superior angolana constar da lista das melhores 400 universidades de África.
Segundo Zassala, a culpa deve ser atribuída unicamente aos académicos, por entender que estes, entre estudantes e docentes, se têm furtado da liberdade académica e científica, para preferir a política partidária.
“Estou a ouvir as razões que estão a ser avançadas, principalmente porque que as universidades angolanas são as mais atrasadas… mas parece estão atribuir apenas a culpabilidade às autoridades do país, mas eu gostaria de dizer que os maiores culpados são os académicos. Quando falo de acadêmicos, estou a falar dos professores universitários, dos estudantes universitários porque nós os académicos muitas vezes nós nos furtamos das nossas responsabilidades, que é justamente a defesa, da liberdade acadêmica, a defesa da Ciência”, disse.
O também antigo bastonário da ordem dos psicólogos de Angola referiu que os académicos angolanos se tornaram “fiéis à doutrina político-partidaria, esquecendo aquilo que nós somos capazes de fazer”.
Por esta razão, Carlinhos Zassala desafia os académicos de todas as instituições de ensino superior no país, entre públicas e privadas, a trabalhar para Angola constar da lista das melhores do continente.
“Se nós queremos, que na realidade as universidades angolanas possam também estar a nível das 400 melhores de África, conforme estou a ver, nós académicos devemos colocar a nossa mão na consciência e fazer recordar a teoria de causalidade de atribuição de ‘la colets'”, finalizou.
Makambo
21/02/2024 em 6:22 pm
A vida político partidário, é uma verdade mais o professor não disse ou não deu nenhum exemplo, de alguma coisa ou artigos científicos, que fossem objetos de estudo a nível regional ou internacional. Nem a máquina de uma agulha de costura conseguem reconstruir e querem constar na lista dos melhores?