Sociedade
Angola entre os dez países com taxa de vacinação mais baixa do mundo: ministra justifica
Angola tornou-se o único país lusófono a integrar a lista dos dez países com as taxas de vacinação infantil mais baixas do mundo.
De acordo com o relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) e a UNICEF, divulgado recentemente, no ano de 2023, 55 por cento das crianças não tiveram acesso a vacina contra o Sarampo.
As duas agências da ONU alertam em comunicado que o resultado tem que ver com a falta de protecção que salva vidas, tendo destacado que quase três em cada quatro bebés vivem em países onde a baixa cobertura vacinal está a provocar surto de sarampo.
À escala global, a OMS e a UNICEF alertam que os níveis globais de imunização infantil estagnaram em 2023, e o resultado são 2,7 milhões de crianças não vacinadas comparativamente com os níveis pré-covid-19, em 2019.
Em resposta, a ministra da Saúde reconheceu, esta quarta-feira, 17, os baixos rácios de cobertura vacinal infantil em Angola, tendo justificado entre outras razões, o “impacto negativo” da pandemia da covid-19.
Sílvia Lutucuta, que falava à margem do fórum Euro-África, uma iniciativa da associação Conselho da Diáspora Portuguesa, que decorreu nesta segunda e terça-feira em Carcavelos, arredores de Lisboa, admitiu que houve uma baixa substancial das coberturas vacinais.
A titular da pasta da Saúde Sílvia disse que o país realizou nos últimos seis anos os maiores concursos da história da Saúde em Angola, onde mais de 40 mil profissionais foram admitidos.
Sílvia Lutucuta anunciou que o seu ministério prevê contratar anualmente, até 2027, caso haja condições financeiras, oito mil novos profissionais de saúde.
O relatório das agências da ONU aponta que Angola está entre os dez países que vacinou menos crianças contra a difteria, tétano e tosse convulsa, em 2023.