Angola deve procurar tornar União Africana mais actuante, afirmam especialistas

Os especialistas do espaço “Tem a Palavra”, do Programa Capital Central, da Rádio Correio da Kianda, analisaram esta quarta-feira, os desafios de Angola na presidência da União Africana.

A promoção de acções concretas e combinadas para o combate à fome e a pobreza, com a construção de infra-estruturas interligadas para um comércio fluído rumo a industrialização do continente, bem como a pacificação harmoniosa de África, são alguns dos pontos desafiantes do Presidente angolano João Lourenço, de acordo com o especialista em relações internacionais, Adão Baião.

Já Horácio Nsimba, outro especialista em relações internacionais acredita que a presidência angolana na União Africana, de procurar deixar actuante a organização, criticando o silêncio do organismo continental face as situações de instabilidade que o continente berço atravessa, como a actual situação em Moçambique e os constantes golpes de Estado na região do Sahel.

Gaspar Luamba deu uma nota negativa do organismo africano nos últimos anos, pelo que defende uma mudança de actuação urgente, para que os objectivos da fundação da União Africana sejam recuperados.

O também especialista em relações internacionais classificou a presidência angolana como desafiante, pelas questões que o continente precisa resolver, como a crise pós-eleitoral nem Moçambique, a instabilidade na República Democrática do Congo, e a crise humanitária na Somália.

Luamba afirmou ainda que a União Africana está “presa” no conceito de independência militar.