Politica
Angola defende na União Africana criação de mecanismo de rastreio de armas
A criação de um mecanismo de trocas de informações entre os Estados-membros e a União Africana para rastrear e registar armas desviadas dos canais legais, foi uma das propostas apresentadas por Angola esta quarta-feira, 18, na sede daquele órgão continental, na Etiópia.
O embaixador de Angola na Etiópia e Representante Permanente junto da União Africana e da UNECA, defendeu esta posição durante a 1252ª Reunião do Conselho de Paz e Segurança da União Africana, presidida pela República do Djibouti, justificando a sugestão com o intuito de se proporcionar um impacto negativo da circulação ilícita de armas na violência armada.
Miguel Bembe assegurou que para mitigar o problema, propôs a adopção de um regime jurídico e institucional abrangente a nível continental, que regule a importação e reduza a circulação ilícita de armas, além de combater o terrorismo e o extremismo violento.
De acordo com o diplomata essa estratégia, deve incluir uma coordenação eficaz entre os Estados-membros, os mecanismos regionais e a sociedade civil, especialmente por meio da conscientização das comunidades locais.
O embaixador Miguel Bembe defendeu a inclusão de mulheres e jovens nos processos de paz, sublinhando que a participação desses grupos é essencial para uma paz sustentável. Sugeriu ainda a mobilização de recursos financeiros internos e externos para garantir a auto-suficiência das Operações de Paz lideradas por africanos.