Sociedade
Angola: “crescimento desordenado das cidades” limita salvar vidas em caso de desastres
Aumento populacional e o surgimento de construções desordenadas nas cidades do país, são factores que influenciam directa ou inderactamente nas acções de resposta das autoridades em busca de salvamento, nos casos de desastres.
Em declaração em workshop promovido pela Comissão Nacional de Protecção Civil de Angola, em Luanda, nesta terça feira, 8, o secretário de Estado do Ministério do Interior para Asseguramento Técnico, Carlos Albino, disse que o crescimento populacional e desordenado das cidades angolanas são situações que impactam a resposta rápida das autoridades em casos de alteração natural do clima.
“E, por conseguinte, pode ser uma chuva intensa que limita a acção coordenada dos distintos departamentos no sentido, por exemplo, de salvar vidas, porque há uma desordem do ponto de vista da localização, da infra-estruturação”, disse ele.
Por outro lado, em relação ao tema “actualização do Plano Estratégico de Prevenção e Redução do Risco de Desastres e do Plano Nacional de Preparação e Contingência”, Carlos Albino diz ainda que, há necessidade da revisão e actualização dos referidos planos.
Os planos “precisam de ser actualizados, devem ser revistos, porque estas consequências que decorrem destes fenómenos podem ter duas interpretações, nomeadamente o fenómeno em si só e da acção humana”, assinalou.
“A necessidade de actualização destes planos é para permitir que os especialistas da Protecção Civil possam prevenir de forma mais exata e muito melhor coordenada”.
“A análise destes planos, seguramente que vão conduzir os especialistas a determinados cenários e um deles, por exemplo, a materialização dos planos diretores urbanos que têm consequências para a qualidade de vida e para a mobilidade urbana”, realçou.
No entanto, secas, chuvas e inundações são fenómenos que ainda atingem várias localidades de Angola, causando com mortes, casas destruídas e pessoas desabrigadas, sobretudo no decurso da época chuvosa.