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Politica

Angola contará com mais de 35 milhões de habitantes em 2024

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A estimativa é do director-geral do Instituto Nacional de Estatística (INE), José Calengue, citado pelo Jornal de Angola, no quadro dos preparativos do segundo Censo Geral da População do país, a realizar-se em 2024, prevendo que o resultado dos dados determinará a existência de mais de 35 milhões de habitantes.

Aquele responsável começou por dizer que o trabalho de estimativa, do INE até 2050 prevê para o ano de 2024 uma população de cerca de 35 milhões 121 mil e 734 habitantes.

José Calengue explicou que esta estimativa foi feita com base na taxa de crescimento da população angolana, que ronda os 3 por cento ao ano.

“Estamos a dizer mesmo que a média anual de crescimento é de 922 mil habitantes”, reforçou o director-geral do Instituto Nacional de Estatística, para quem a realização do Censo de 2024 está alinhado com as normas internacionais, que aconselham a sua execução num período a cada dez anos.

Entretanto, uma comissão multissectorial já foi criada, pelo Presidente da República, João Lourenço, para assegurar os preparativos do recenseamento e passa a ser coordenada pelo ministro de Estado e chefe da Casa Militar do Presidente da República, Francisco Furtado.

O despacho Presidencial, publicado em Diário da República em Dezembro último, exige que a referida comissão deve apresentar, até ao final deste mês de Janeiro, o Plano e Cronograma de actividades referentes ao processo do Censo Geral da População.

Com base no cronograma, o INE deve realizar ainda neste ano de 2023, de acordo com a notícia, um censo piloto para testar o nível de organização, metodologias, procedimentos e, sobretudo, os possíveis constrangimentos da operação, para corrigir e tomar medidas cautelares, antes do censo, propriamente dito.

Para José Calengue, a criação da comissão multissectorial, integrada por diversos departamentos ministeriais do aparelho governativo, demonstra o comprometimento do Estado angolano em tornar funcional a realização do Censo 2024.

O governo angolano pretende contar igualmente com Fundo das Nações Unidas para a População (FNUAP), para a realização segundo Censo Geral da População e da Habitação no país, bem como na criação de um programa sobre dividendo demográfico.

O FNUAP é a agência de desenvolvimento internacional da ONU que trata de questões populacionais, sendo responsável por ampliar as possibilidades de mulheres e jovens levarem uma vida sexual e reprodutiva saudável. O UNFPA trabalha para acelerar o acesso universal à saúde sexual e reprodutiva, incluindo o planeamento familiar voluntário e a maternidade segura, bem como busca a efectivação dos direitos e oportunidades para as pessoas jovens.

O UNFPA está presente em mais de 150 países, melhorando a vida das pessoas como catalisador de acções e defensor de seus temas. Actuando por meio de alianças e parcerias com governos, outras agências da ONU, sociedade civil e sector privado, o UNFPA faz uma diferença positiva para bilhões de pessoas, especialmente as mais necessitadas.

O UNFPA ajuda, também, os países a utilizar dados populacionais para antecipar os desafios futuros, oferece assistência técnica que fortalece e empodera seus parceiros, apoia a formulação de políticas e a construção de capacidades nacionais, assegurando que a saúde reprodutiva e os direitos das mulheres e pessoas jovens permaneçam como questões centrais na agenda do desenvolvimento.

O responsável, que falava à Rádio Nacional de Angola, disse ser esta a peça que faltava, do ponto de vista do engajamento do Governo, para a realização da operação, que considerou complexa e dispendiosa.

“Agora, estamos em condições de aumentar a velocidade da nossa preparação e afirmar, de facto, que estamos em condições de acelerar e realizar o Censo Geral da População em 2024”, destacou.

José Calengue esclareceu, por outro lado, que a criação desta comissão, pelo Presidente da República, não pressupõe que a máquina para a realização do Censo só vai arrancar agora. O director-geral do INE fez saber que as condições, para esta empreitada, já começaram a ser criadas antes mesmo da consolidação e publicação dos instrumentos legais virados para este fim.

“Nós temos um departamento de censos e inquéritos especiais, que já tem estado a trabalhar na preparação dos principais instrumentos que deverão ser utilizados para a realização desta grande operação”, aclarou o responsável nacional do Instituto de Estatística.

O primeiro Censo Geral da População e da Habitação da história de Angola Independente, foi realizado em 2014 e determinou a existência no país, de um total de 25.789.024 habitantes, dos quais 6.945.386 encontravam-se a residir na província de Luanda. Em termos de género, as mulheres constituíam a maioria, por serem, naltura, 13 milhões 289 mil 983 contra os 12 milhões 499 mil 041 homens. Só em Luanda, a província mais numerosa do país, existiam 67 homens para cada 100 mulheres.