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Angola aproxima-se de um momento decisivo, diz pesquisadora Alemã

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O futuro económico e político de Angola, na era pós-José Eduardo dos Santos, esteve em debate em Berlim. O Fórum Angola 2017 foi organizado pelo instituto britânico Chatham House e pela Fundação alemã Konrad Adenauer.

A três meses das eleições em Angola, a Fundação Konrad Adenauer quer chamar a atenção para a situação política no país, sobretudo numa altura em que cresce o interesse alemão pelo continente. Angola aproxima-se de um momento decisivo, sublinha Andrea Ostheimer, diretora do Departamento da África Subsariana da organização – o Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, já não se candidata às próximas eleições, agendadas para 23 de agosto.

“Haverá outro candidato do MPLA [Movimento Popular de Libertação de Angola, no poder]. E temos mais forças políticas do que [nas eleições de] 2012. Dessa forma, acho que o jogo é um pouco mais aberto”, disse em entrevista à DW África, na terça-feira (30.05.).

Herança pesada e muitos desafios

Para Andrea Ostheimer, o novo Governo terá de investir na luta anticorrupção e restabelecer a confiança dos cidadãos e dos investidores.

Além de problemas políticos e sociais, Angola continua a atravessar uma grave crise económica e financeira. A dependência do petróleo é um grande obstáculo à recuperação da economia.

Por isso, depois de 23 de agosto, os novos governantes têm pela frente muitos desafios. E uma herança pesada, afirma o vice-presidente do maior partido da oposição, a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA).

“Vamos herdar um país que tem uma dívida cujo peso praticamente ninguém conhece”, comenta Raúl Danda. “Vamos ter de reconstruir muita coisa que foi mal construída e sobretudo credibilizar o país aos olhos da comunidade internacional.”

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