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Angola apoia as iniciativas para silenciar as armas no continente africano

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O Representante Permanente de Angola junto da União Africana (UA), Francisco da Cruz, considerou, nesta quinta-feira, 10, em Addis Abeba, Etiópia, que os conflitos armados, o terrorismo e o extremismo violento estão entre os maiores desafios à paz e segurança em África.

Segundo o embaixador Francisco da Cruz, que falava, por videoconferência, na 10ª sessão do Comité de Representantes Permanente (CRP) da UA, esses factores se agravam, sobretudo, neste ambiente de crise económica, social e humanitária, causado pela pandemia da covid-19.

Na sua intervenção, Francisco da Cruz lamentou a persistência dos conflitos armados, terrorismo e extremismo violento, assim como a instabilidade do continente, não obstante os esforços conjugados dos estados membros e da UA na busca de “Soluções africanas para os problemas africanos” e, fundamentalmente, com recursos do continente.

“Angola apoia as iniciativas para silenciar as armas no continente e considera importante combater as causas profundas dos conflitos, nomeadamente, reconhecendo que o desenvolvimento, a paz e segurança, bem como os direitos humanos estão interligados e se reforçam mutuamente, para garantir uma partilha justa das oportunidades económicas e sociais e o reforço do Estado de Direito no continente”, sublinhou.

O diplomata recordou que na última Assembleia de Chefes de Estado e de Governo, em Fevereiro, o presidente de Angola, João Lourenço, alertou sobre a ameaça que o terrorismo representa à estabilidade do continente se não houver resposta atempada e coordenada dos países africanos.

Nesse contexto, fez uma proposta específica, que foi adoptada, para a necessidade urgente de se realizar uma cimeira extraordinária a fim de discutir medidas concretas de combate ao terrorismo em África.

O bem-estar das populações deve, mais do que nunca, estar no epicentro das preocupações e das políticas dos nossos governos, para a consecução da segurança humana como o principal elo entre a paz e o desenvolvimento, realçou.

Francisco da Cruz acrescentou que tal desiderato passa pelo silenciar das armas, pela adopção de processos nacionais inclusivos em que as mulheres e jovens desempenhem um papel importante e activo e pela promoção de uma cultura de paz para a realização do almejado desenvolvimento sustentável e da África desejada.

“Reiteramos o apoio de Angola para a realização desta Cimeira Extraordinária e recomendamos consultas preliminares entre os Estados Membros sobre as possíveis formas conjugadas de combate ao terrorismo e a partilha de experiências e iniciativas para silenciar as armas em África”, reforçou.

Na sequência da posição reiterada por Angola na 10ª CRP da União Africana, este órgão recomendou que o Comissário para a Paz e Segurança, Smail Chergui, prossiga as consultas concernentes à preparação de uma Cimeira Extraordinária sobre o terrorismo, proposta por Angola, em Assembleia realizada em Fevereiro do corrente ano.

Durante a sessão, o Comissário para a Paz e Segurança da UA, Smail Chergui, prestou informações sobre a implementação do Tema do Ano 2020 “Silenciando as Armas: Criando Condições Favoráveis para o Desenvolvimento de África”, e os preparativos para a Cúpula Extraordinária da UA, agendada para 5 de Dezembro.

Por Angop

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