Connect with us

Politica

Analistas falam sobre impactos dos 49 anos de independência

Published

on

O país assinala esta segunda-feira, 11, o 49º aniversário da independência. A efeméride vai decorrer sob a égide “11 de Novembro: Unidade Nacional, Produção e Desenvolvimento Sustentável”, cujo acto central terá lugar na cidade de Malanje.

Quarenta e nove anos depois da independência, há ainda desafios a serem ultrapassados. A apreciação é dos cidadãos ouvidos pela Rádio Correio da Kianda.

Os entrevistados apontam a falta de água potável, em diferentes bairros de Luanda, défice no saneamento básico e o elevado preço dos produtos da cesta básica, como alguns dos desafios que precisam ser sanados com urgência.

A Luta Armada de Libertação Nacional foi um conflito entre as forças independentistas de Angola contra os colonos portugueses. Entretanto, especialistas afirmam que “Angola ainda está longe de atingir os objectivos protagonizados por aqueles que derramaram o seu sangue e suor para sua libertação”.

Conquista

Os intervenientes do programa “Entre Linhas” entendem que “a independência nacional é a maior conquista de Angola de todos os tempos”.

A ideia foi defendida no sábado último, na Rádio Correio da Kianda, numa abordagem sobre o tema “Angola, da independência à actualidade”.

Na ocasião, o antropólogo Miguel Kimbenze disse que apesar dos 49 anos de independência, que se assinalam hoje, “o actual cenário social não reflecte o país idealizado pelos mártires da libertação nacional”.

Do ponto de vista económico, Fábio Manuel referiu que “a regressão de Angola podia ser evitada tempos atrás, com a aposta na diversificação económica”.

Revirar da página

Este ano, o acto central terá lugar na província de Malanje sob o lema “11 de Novembro: Unidade Nacional, Produção e Desenvolvimento Sustentável”.

O especialista em gestão e administração pública, Denílson Duro, afirma que o tema reflecte os objectivos do executivo de dinamizar a actividade no campo. Por isso, defende maior envolvimento da classe empresarial nessa missão e os percursores de políticas a continuarem.

Já o Secretário Geral do Bloco Democrático disse que há poucos motivos de festejar os 49 anos da Independência. Mwata Sebastião defendeu “o revirar da página e dar um outro significado à  independência, que passa pela redistribuição justa da riquezas”.

O político bloquista disse que “a data serve para reflectir o país que queremos”.

O político avançou, por outro lado, que o país comemora o 49º aniversário “com exércitos de desempregados” e defendeu políticas que visam ultrapassar esse cenário, que no seu entender “nem deveria dignificar a elite angolana”.

Entretanto, o Secretário Nacional de Informação e Imagem do PRS, Gonçalo Bula, disse à Rádio Correio da Kianda que, a independência nacional representa uma conquista sociopolítico. Contudo, para o político do PRS, “falta o desenvolvimento do angolano”.

Os renovadores sociais apelam, igualmente, ao executivo a materializar o pensamento do primeiro Presidente da Angola, António Agostinho Neto, segundo o qual “o mais importante é resolver os problemas do povo”.

E, o nacionalista e vice-presidente da FNLA disse à Rádio Correio da Kianda que, os angolanos não se sentem saciados ao comemorar o 49º aniversário da independência, pois “têm fome de justiça, têm fome da integração social”.

Benjamim da Silva assegurou, por outro lado, que a FNLA bateu-se para que a independência fosse uma realidade com o desfecho da luta contra o regime colonial, mas hoje, “os angolanos não têm o mínimo”.

Segundo o programa das comemorações a que a Rádio Correio da Kianda teve acesso, o acto central será presidido pela ministra de Estado para área Social, Maria Bragança.

O documento salienta ainda que, as comemorações devem ocorrer em todo país, nas instituições e nos serviços públicos, nos partidos políticos e nas organizações da sociedade civil e, nos estabelecimentos de ensino publico privado.

As instituições militares e paramilitares, as comunidades locais e as missões diplomáticas e consulares de Angola também devem se juntar as comemorações que tiveram início no dia 01 de Novembro do ano em curso.

Por Queirós Chiluvia, Joaquim Mussungo e Laurinda Lituai. 




© 2017 - 2022 Todos os direitos reservados a Correio Kianda. | Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem prévia autorização.
Ficha Técnica - Estatuto Editorial RGPD