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Analistas divergem quanto suposta “selectividade” no combate à corrupção

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O especialista em Gestão e Administração Pública Denílson Duro afirmou não existir transparência na gestão dos recursos públicos a nível do Executivo.

Para o especialista, um dos elementos que servem para aferir a transparência consiste nos resultados governativos que actualmente levam-no a concluir que não estão a ser bem cabimentados por conta da insatisfação social e falta de infra-estruturas socais no país.

Denílson Duro disse ainda que as compras públicas sem qualidade e o desvio do erário para resolver problemas e necessidades particulares, são também, na sua visão, dados mais do que claros de que não há transparência, pelo que afirma ser necessário ser feito aquilo a que chama de “trabalho de casa”.

Entretanto o jurista Mabanza Cambaca disse que a corrupção é tipificada como crime nos termos do artigo 358 do Código Penal.

Denílson Duro disse, por outro lado, que a corrupção tem igualmente se enraizado na esfera privada, levando as empresas a envolverem-se em “lobbings” para facilitação na aquisição de contratos.

O especialista criticou a falta de punição severa aos funcionários e agentes, quer sejam públicos, como privados, envolvidos em actos de corrupção.

Denílson Duro afirmou que o combate à corrupção é selectivo e que sempre foi selectivo, “pelo facto de as autoridades judiciais estarem sempre ligadas a corrupção de alta escala, que resultavam no descaminhos do erário e de patrimónios do Estado sem que sejam tidos em conta os de pouca visibilidade”.

Para Mabanza Cambaca deve-se avançar com a massificação de programa de educação para consciencialização do combate à corrupção, acções que vão reforçar a transparência e eficácia nos serviços públicos e reduzir a burocracia. O especialista “diz não notar a selectividade no combate a corrupção”

Estas declarações dos analistas foram feitas nesta quarta-feira, 02, no espaço “Tem a Palavra”, do Programa Capital Central, da Rádio Correio da Kianda, que abordou sobre “Os resultados do combate à corrupção. Avanços e recuos”.

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