Analistas destacam cinco factos que marcaram ano político 2024

Os analistas da Rádio Correio da Kianda elegeram os cinco principais factos que marcaram o ano político de 2024. O painel de analistas foi constituído por Almeida Pinto e Agostinho Sicato, politólogos, Domingos Palanga, político, e Eurico Gonçalves, cientista político.

O primeiro facto que marcou o ano que acabou de terminar, segundo os analistas, é a aprovação e institucionalização de novos entes territoriais, no âmbito da iniciativa do Executivo sobre a Nova Divisão Político-Administrativa, cuja institucionalização das novas três províncias foi concluída nesta segunda-feira, com o empossamento de Crispiniano dos Santos, como primeiro Governador do Moxico-Leste.

O segundo assunto marcante do ano 2024, foi a visita histórica do Presidente dos Estados Unidos de América, Joe Biden, que trabalhou de 2 a 4 de Dezembro, tendo visitado as infraestruturas do Corredor do Lobito, na província de Benguela.

Joe Biden prometeu voltar ao país e viajar pelo troço que liga Angola, a República Democrática do Congo, e a Zâmbia ao Índico.

A legalização do PRA-JA Servir Angola, constituiu outro assunto relevante do ano 2024. Depois de sucessivos chumbos do Tribunal Constitucional, o projecto político de Abel Epalanga Chivukuvuku viria ser anotado e legalizado.

A formalização desse partido, entretanto, tem estado a criar um clima trepidante no seio da plataforma política Frente Patriótica Unida. Adalberto Costa Júnior, a dada altura, considerou que a “legalização do PRA-JA tem mão invisível”.

Num outro momento, o líder da UNITA disse que o reconhecimento do partido de azul e branco viria fortificar a FPU.

Já, os discursos de Abel Chivukuvuku, são entendidos como dissonantes com os outros entes daquela plataforma, sobretudo com desafios segundo o qual “em 2027, o PRA JA será Governo ou parte do Governo”.

O seu Coordenador Geral Adjunto, Xavier Jaime, não hesitou em afirmar, de forma tácita, que o PRA-JA pode coligar-se ao MPLA. Sobre o assunto, o Galo Negro, tem gerido a situação em silêncio, mas espera-se uma cartada.

O VIII Congresso Extraordinário do MPLA ficou em quarto lugar na hierarquia dos factos relevantes do ano passado. O conclave dos camaradas, para além de actualizar os seus estatutos, injectou sangue novo nos mais variados órgãos do partido que sustenta o Governo, com maior destaque, com a eleição (indicação) da jovem política Mara Quiosa, como Vice-Presidente do MPLA.

O Congresso dos camaradas, democratizou os critérios de eleição “indicação” dos cabeça-listas (candidatos) a Presidente e Vice-presidente da República, depende da proposta do Bureau Político e aprovação do Comité Central.

A instabilidade política pós-eleitoral em Moçambique, constituí o quinto elemento de relevo informativo. As eleições de 9 de Outubro de 2024, o Conselho Constitucional declarou a FRELIMO e seu candidato Daniel Chapo, como vencedores com 65,17%, o PODEMOS e o seu cabeça de lista, Venâncio Mondlane, ficaram na segunda posição, com 24,19%.

O clima de tensão que se viveu naquele país do Índico, causou a morte a cerca de 250 pessoas, segundo dados da plataforma Decide. As autoridades dizem que a situação volta a normalidade.

Este é o resumo dos principais factos que marcaram o ano 2024, na Rádio Correio da Kianda.