Sociedade
Analistas defendem responsabilização dos facilitadores da entrada de máquinas de criptomoedas no país
O economista José Lumbo disse que a prática ilegal de criptomoedas que se tem verificado um pouco por todo o território nacional, particularmente em Luanda, causa um impacto negativo à economia nacional.
A reacção do especialista surge na sequência de aumento de crimes do género em território nacional, maioritariamente organizados por cidadãos estrangeiros de nacionalidade chinesa.
A mineração de criptomoedas é um tipo de dinheiro totalmente digital que não é emitido por nenhum governo, e que a sua prática consome bastante energia.
O economista alerta sobre o perigo que a fuga de capital que o recurso a mineração de criptomoedas pode causar a política cambial e o fomento do crime organizado.
José Lumbo afirmou que a prática de mineração de criptomoedas criam sérias complicações no sistema financeiro, pelo que defende o seu combate cerrado para que se continue a registar o crescimento da economia.
O economista disse ser urgente a fortificação de questões regulatórias ao combate destas práticas ilícitas, olhando as recomendações do GAFI por conta da posição do país naquele organismo.
Já o jurista Fernando Kawewe afirmou que o problema não está na falta de legislação apropriada para o combate cerrado desta prática ilícita, mas sim pela fraca fiscalização nos pontos de entrada das máquinas utilizadas nas casas de criptomoedas.
O jurista afirma que o código penal angolano é suficiente para punir o crime de mineração de criptomoedas, mas insiste sobre a necessidade de nas investigações levadas a cabo pelo Serviço de Investigação criminal que culminam com a detenção dos gestores dos postos, prosseguirem para se encontrar os responsáveis envolvidos na facilitação da entrada das máquinas no país.