Analistas defendem inclusão do M23 nas negociações de paz no Leste da RDC

Analistas continuam a defender a ideia da inclusão do M23 nas negociações da paz definitiva para o Leste da República Democrática do Congo.

É o caso de João Gomes Gonçalves, jornalista e especialista em assuntos africanos. No último dia 04 de Agosto, entrou em vigor o acordo de cessar-fogo alcançado, a 30 de Julho entre República Democrática do Congo e o Ruanda.

Dias depois, o M23 reivindicou o seu incumprimento por não ter sido notificado para as negociações. Por isso, diz João Gomes Gonçalves, o acordo foi violado pelo Movimento 23 de Março que actua no Leste da RDC.

João Gonçalves questiona, por exemplo, o facto de Ruanda aceitar assinar um acordo com República Democrática do Congo sobre uma guerra que nunca assumiu oficialmente. Para o especialista uma coisa é certa: ao concordar o cessar-fogo aceitou que está implicado no conflito.

E o Ministério das Relações Exteriores acolhe, desde o princípio da tarde desta terça-feira, em Luanda, a 3.ª Reunião Ministerial sobre a Situação de Segurança e de Paz no Leste da República Democrática do Congo.

A reunião está a ser orientada pelo ministro das Relações Exteriores, Téte António.