Eleições 2022
Analista diz que manifestação deve ser “último” recurso que oposição deve usar
O analista político-social e coordenador da Associação S.O.S Habitat Acção Solidaria, Rafael Francisco Morais, disse hoje ao Correio da Kianda, que apesar da manifestação ser um direito constitucional, as forças políticas na oposição que pretendem convocar manifestações, têm ainda outros recursos para exigir a reposição da verdade eleitoral, saída das eleições de 24 de Agosto último.
“A manifestação é um direito, mas, independentemente de ser um direito, importa que o TC é o órgão que deve se pronunciar, a outros órgãos como a União Africana, onde os partidos e coligação de partidos deverão recorrer para exigir a verdade eleitoral”.
Rafael Morais disse ainda que é ainda possível pressionar o TC para exigir à CNE que publique as actas sínteses no seu site, possibilitando assim qualquer cidadãos ver os resultados.
Fase ao ambiente político e social que o país vive, depois das eleições, o coordenador da associação S.O.S habitat, recomenda aos organizadores da intencionada manifestação que esteja bem estruturada, visto que os protesto em Angola têm sido reprimidos de forma brutal.
“É necessário que seja definida o percurso, destino para que as autoridades que velam pela segurança pública tenham controle da marcha e não ultrapassarem aquilo que virá a ser definido durante os protestos.
“A colocação de forças de segurança e das ordens públicas nas ruas está criar um sentimento de medo e de insegurança por parte dos cidadãos”, disse, sublinhando que para acabar com este ambiente político pós-eleitoral, a CNE deve divulgar as actas sínteses e declarar quem na verdade venceu as eleições gerais de 24 de Agosto. “Algo muito simples”, frisou o activista.
Rafael Francisco Morais é de opinião que no pronunciamento do TC que será conhecido hoje, deve exigir da CNE que torne público as actas que produziram resultados definitivos das eleições que deram vitória, por maioria absoluta, ao MPLA com mais de 51 por centos de votos.