Politica
Analista defende resolução política no caso Isabel dos Santos
O Politólogo Rui Kandove lamentou o facto do caso da empresária Isabel dos Santos estar a se arrastar por muito tempo, e considerou recomendável por conta da imagem do Estado angolano, que o assunto seja resolvido na vertente política.
O Governo britânico anunciou esta quinta-feira, algumas sanções contra a empresária angolana, que incluem o congelamento de bens e a proibição de viajar para o Reino Unido.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) britânico disse em comunicado que estas sanções constituem o início de várias acções para combater a corrupção e o financiamento ilícito.
“Isabel Dos Santos abusou sistematicamente das suas posições em empresas estatais para desviar pelo menos mais de 350 milhões de libras esterlinas, equivalentes a 440 milhões de dólares americanos, privando Angola de recursos e financiamento para o desenvolvimento tão necessário”, diz a nota.
O documento continua recordando que “Dos Santos está sujeita a um Aviso Vermelho da Interpol desde Novembro de 2022 e, no mês passado, perdeu um caso no Tribunal de Apelação relativo ao congelamento dos seus activos em todo o mundo. Também foram sancionadas hoje, a sua amiga e parceira de negócios Paula Oliveira, e o seu Director Financeiro Sarju Raikundalia, ambos ajudaram Isabel Dos Santos a desviar a riqueza nacional de Angola para o seu próprio benefício”.
Em reacção, por intermédio de uma nota a que a Rádio Correio da Kianda teve acesso, a empresária angolana considerou a decisão como incorrecta e injustificada, referindo que não lhe foi dada a oportunidade de se defender destas alegações.
Isabel dos Santos garantiu não se ter apropriado indevidamente de qualquer dinheiro da Sonangol e que também não se apropriou igualmente dos fundos da Unitel.
A filha do antigo presidente José Eduardo dos Santos assegurou não ter sido culpada por nenhum tribunal por crimes de corrupção ou suborno, e que espera que o Reino Unido lhe conceda a oportunidade de apresentar as suas provas, e contrariar as informações sobre si que afirma serem mentiras e fabricadas pelo governo angolano.
Recordar que recentemente, o Presidente da República, João Lourenço, apelou à cooperação internacional para reaver activos angolanos no exterior.