Politica
Analista antevê clima político tenso em 2027 com recondução do presidente da CNE
O Director Executivo do Instituto Angolano de Sistemas Eleitorais, Luís Jimbo, considerou que a recondução do juiz Manuel Pereira da Silva “Manico” pode arrastar duas questões essenciais, pelo facto de o regulamento afastar a possibilidade de participação de juízes de direito, o que leva consigo em causa a integridade e a independência da Comissão Nacional Eleitoral.
Para Luís Jimbo, todas as reclamações e contestações que foram levantadas ao longo do processo eleitoral de 2022, sobre suposta fraude na contagem dos votos, acarreta consigo um clima de suspeição sobre este próximo mandato do juiz Manuel Pereira da Silva “Manico”.
O especialista afirmou ainda que esta recondução vai permitir mais um clima de suspeição nas eleições gerais, constitucionalmente previstas para 2027, o que o leva a antever um clima político tenso, por conta da manutenção do juiz Manuel Pereira da Silva “Manico”.
A Comissão Nacional Eleitoral (CNE) continuará a ser presidida pelo juiz Manuel Pereira da Silva “Manico”, tendo em conta que o concurso público curricular para o provimento da vaga de presidente da CNE concluiu que o magistrado venceu os outros dois concorrentes.
De acordo com o relatório final de avaliação e apuramento de candidaturas, do Conselho Superior da Magistratura Judicial (CSMJ), publicado esta quinta-feira, 13, no seu site oficial, Manuel Pereira da Silva “Manico” obteve 91 pontos, contra 48 de Rosalino Domingos e 33 de Amélia Cristina Messo e Tyova.
A favor do magistrado contou bastante o critério “experiência na condução de processos eleitorais”, que compreende 40 por cento de valoração do total dos requisitos de avaliação, bem como no critério “antiguidade na magistratura.