África
Amnistia Internacional acusa França de violar embargo de armas da ONU no Sudão
No Sudão, foram capturados veículos blindados fabricados pelos Emirados Árabes Unidos e equipados com sistemas de defesa franceses, pelo exército sudanês durante a guerra civil.
A denúncia foi feita pela Amnistia Internacional, em um relatório divulgado na semana finda, que identificou os veículos blindados de transporte de pessoal (APCs) fabricados nos Emirados Árabes Unidos em várias partes do Sudão, incluindo a região de Darfur, onde foram usados pelas Forças de Apoio Rápido (RSF) paramilitares em sua luta com as Forças Armadas Sudanesas (SAF).
No relatório, a organização disse estar comprovada a violação do embargo de armas da Organização das Nações Unidas (ONU).
Até o momento, o Governo de Emmanuel Macron ainda não se pronunciou sobre o assunto.
Recordar que no início do mês de Outubro, o Governo angolano demonstrou preocupação com a continuação do conflito militar na República do Sudão, que eclodiu a 07 de Abril de 2023.
“A prevalência tem vindo a registar uma grave deterioração, com impacto directo sobre a população e os mais de sete milhões de pessoas carentes de assistência humanitária, deslocados e refugiados, bem como a destruição de importantes infra-estruturas críticas para o desenvolvimento sócio-económico do país”, lê-se na nota da Presidência.
No documento, o Governo angolano manifestou ainda “a sua preocupação pelo bombardeamento da Residência Oficial do Embaixador dos Emirados Árabes Unidos, e face a esses desenvolvimentos, apela as partes em conflito a observar e fazer respeitar a Convenção de Viena sobre o Estabelecimento de Relações Diplomáticas, o Direito Humanitário Internacional e a Lei Internacional sobre os Direitos Humanos”.
Exortou, igualmente, “as partes em conflito a privilegiar a via do diálogo inclusivo e a reposição da normalidade constitucional, em harmonia com a Carta das Nações Unidas e o Acto Constitutivo da União Africana”.
Neste momento, mães e crianças na região sudanesa de Darfur do Sul estão a passar por uma das “piores” emergências de saúde do mundo. O alerta é da organização humanitária Médicos Sem Fronteiras, tornado público nesta terça-feira, tendo adiantado que esta é uma das consequências da guerra que assola o país, desde Abril de 2023.
Governo repudia ataque à residência do embaixador dos Emirados Árabes no Sudão
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