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Americanos vencem Nobel de Economia por trabalhos sobre a pobreza
O americano nascido na Índia Abhijit Banerjee, a franco-americana Esther Duflo e Michael Kremer, também dos Estados Unidos, são os vencedores do Prêmio Nobel de Economia de 2019 por seus trabalhos sobre a pobreza, anunciou nesta segunda-feira a Academia Real de Ciências da Suécia.
O trio foi premiado “por sua abordagem experimental para aliviar a pobreza global”, afirmou o júri.
“Os premiados introduziram um novo enfoque para obter respostas válidas sobre a melhor maneira de lutar contra a pobreza global”, completou o secretário-geral da Academia, Göran Hansson.
Em meados da década de 1990, Michael Kremer, de 54 anos e professor na Universidade de Harvard, “demonstrou a que ponto essa abordagem pode ser poderosa ao utilizar experiências de campo para testar diversas intervenções para melhorar os resultados escolares no oeste do Quênia”, explicou a Academia.
Esther Duflo fez seu nome conduzindo pesquisas com Abhijit Banerjee, 58 anos, que foi seu orientador de tese, sobre comunidades pobres da Índia e da África para medir o impacto real de micro-políticas suscetíveis de serem aplicadas em larga escala. Seus métodos de pesquisa experimental agora dominam a economia do desenvolvimento.
Graças a eles, “mais de cinco milhões de crianças na Índia beneficiaram de programas eficazes de apoio nas escolas” e “muito países desbloquearam importantes subsídios à medicina preventiva”, explicou a Academia.
“Apesar das recentes e significativas melhorias, um dos desafios mais prementes da Humanidade é a redução da pobreza no mundo, em todas as suas formas”, afirmou a Academia. Cerca de 700 milhões de pessoas ainda vivem em extrema pobreza, segundo o Banco Mundial.